Os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), instalada na Câmara Municipal de São Paulo, se reuniram hoje (11) com o Ministério Público Estadual para analisar a deficiência dos hidrantes da capital. Segundo o Corpo de Bombeiros, apenas um em cada dez hidrantes da cidade está adequado para o uso. A situação veio à tona no último domingo (6), durante um incêndio na favela do Morro do Piolho, na zona sul de São Paulo, que destruiu moradias de cerca de 600 famílias. À ocasião, bombeiros não conseguiram conter o fogo no local porque o fornecimento de água para o hidrante da comunidade havia sido interrompido pela Sabesp devido à crise hídrica do estado.
“A prefeitura discutiu muito com o governo do estado e com a própria Sabesp sobre de quem era a competência dos hidrantes. O contrato da prefeitura com a Sabesp prevê que a manutenção dos hidrantes é por parte da empresa estadual. Então, nós estamos noticiando a Sabesp para que ela regularize essa situação”, explicou o relator da CPI, Nelo Rodolfo (PMDB). A Sabesp, por sua vez, negou a falta de água durante o incêndio na comunidade, e responsabilizou, em nota, a prefeitura pelos hidrantes do município. Um vídeo divulgado por meio do Centro de Mídia Independente (CMI), no entanto, mostra bombeiros admitindo o problema durante o combate ao incêndio na favela.