Sorocaba atingiu a marca de 926 mortos pela Covid-19. A informação foi publicada pela prefeitura nesta segunda-feira, 22. Somente em março, 166 pessoas morreram em decorrência da doença na cidade.
Ao todo, o boletim aponta que 39.976 pessoas tiveram diagnóstico positivo para doença, enquanto 37.924 estão recuperadas do coronavírus.
Hospitais lotados
Por outro lado, a disponibilidade de leitos para Covid-19 em Sorocaba é bastante crítica. Na divulgação desta segunda-feira, 22, a prefeitura aponta 100% de ocupação dos leitos clínicos e 96,66% dos leitos de UTI no Hospital Estadual Adib Jatene. No Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) a ocupação é de 100% para os leitos clínico e de UTI.
A Santa Casa tem ocupação de 90,47% dos leitos clínicos destinados para pacientes com Covid-19. Já na UTI, os 55 leitos estão ocupados. A situação é a mesma no Hospital Santa Lucinda, onde 18 leitos clínicos e dois de UTI têm pacientes no momento.
Dos seis leitos clínicos Covid do GPACI, um está ocupado. O hospital Amhemed possui 10 leitos clínicos Covid e cinco estão ocupados. Já, dos três leitos de UTI Covid deste mesmo hospital, três estão ocupados.
No Centro de Estabilização Covid São Guilherme, dos 17 leitos de enfermaria, 16 estão ocupados. Já dos três leitos Covid de Suporte Ventilatório Avançado, nenhum está ocupado. O Centro de Estabilização Zona Oeste está com 11 leitos de enfermaria Covid ocupados de um total de 13. Dos 23 leitos Covid de Suporte Ventilatório Avançado, 23 encontram-se ocupados.
Rede particular também está lotada
No Hospital Unimed e no Samaritano, 100% dos leitos clínico e de UTI estão ocupados. Na Unimed, inclusive os dois leitos infantis de UTI estão com pacientes no momento.
O Hospital Evangélico tem 100% de ocupação na UTI Covid, sendo 22 pacientes internados. Já a ocupação dos leitos clínicos atinge 96,26%. O Hospital Amhemed possui nove leitos clínicos Covid ocupados, sendo 12 pactuados. Já a UTI do mesmo hospital possui seis leitos ocupados do total de sete.
Prefeito prioriza tratamento ineficaz
Nesse cenário de colapso da saúde, o prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) anunciou, na semana passada, a disponibilização de um “tratamento precoce” para Covid-19, mesmo sem qualquer comprovação cientifica da eficácia.
O tratamento sugerido por Manga inclui azitromicina e ivermectina e, em alguns casos, paracetamol, dipirona e metoclopramida. Nenhum dos medicamentos citados pelo prefeito tem comprovação científica no combate à Covid-19.
Entidades médicas não recomendam
Uma nota da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) aponta que “as melhores evidências científicas demonstram que nenhuma medicação tem eficácia na prevenção ou no “tratamento precoce” para a COVID-19 até o presente momento”.
O texto, que é assinado pelos presidentes das duas entidades, completa que “as principais sociedades médicas e organismos internacionais de saúde pública não recomendam o tratamento preventivo ou precoce com medicamentos, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), entidade reguladora vinculada ao Ministério da Saúde do Brasil”.