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Convenções Coletivas trazem avanços sociais no G2, G8 e Estamparia

Nos dias 21 e 23 de outubro a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) assinou as Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) com as bancadas patronais dos grupos G2, G8 e Estamparia

Imprensa SMetal
Nayara Striani /Mídia Consulte

O acordo com o Grupo 2 foi assinado na última sexta-feira, dia 23, na sede da FEM, em São Bernardo do Campo

Nos dias 21 e 23 de outubro a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) assinou as Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) com as bancadas patronais dos grupos G2, G8 e Estamparia (leia aqui). A CCT tem a vigência de 1 ano e as cláusulas econômicas e sociais tem validade até 31 de agosto de 2016.

Os acordos já assinados com os grupos 8, 2 e Estamparia representam aproximadamente 62% do total de 200 mil metalúrgicos em campanha negociada pela FEM, que garantiram o reajuste salarial de 9,88% (reposição integral da inflação do período da data-base da categoria metalúrgica, que é 1º de setembro). O valor será que será pago em duas parcelas: 7,88% retroativo a 1º de setembro e 2% em fevereiro do ano que vem.

Além das cláusulas econômicas, a campanha salarial deste ano tem negociado também questões sociais na Convenção Coletiva. Entre os avanços conquistados pelos grupos 2, 8 e Estamparia há temas referentes à valorização da mulher e do jovem metalúrgicos, ao trabalho do cipeiro e à participação do dirigente da categoria em atividades sindicais.

“Um grande avanço nesta Campanha é que criamos um ambiente permanente de negociação com as bancadas patronais, que nos propiciará avançar nas cláusulas sociais, aprimorando-as conforme a realidade do metalúrgico e metalúrgica no chão de fábrica”, explica o presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão.

As assinaturas com os grupos 8 e Estamparia acontecerem quarta-feira, dia 21, na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Já com grupo 2 o acordo foi assinada na sexta-feira, dia 23, na sede da FEM, em São Bernardo do Campo.

Próximos acordos

Nesta semana estão previstas assinaturas com os setores patronais de Parafusos e Forjaria, dois dos três segmentos que compõem o Grupo 3. A FEM continua as negociações para construir a CCT com as bancadas patronais do G10 e Fundição.

Segundo a FEM, até o momento não há avanços nas negociações com o Sindipeças, do G3, e com o Sicetel e Sindicel, ligados ao G8.

Leia abaixo mais detalhes sobre as cláusulas sociais conquistadas pelos metalúrgicos dos grupos 2, 8 e Estamparia:

Mulher metalúrgica (em vigor, aprimorada)

Na cláusula que trata de temas de interesse das mulheres, houve um incremento no sentido de ampliar o efetivo de mulheres empregadas, valorizando a mulher pela sua qualificação e conhecimento para o exercício de quaisquer cargos. A cláusula ajuda a combater a discriminação contra mulher no chão de fabrica, propiciando um ambiente de igualdade de oportunidades com os homens.

Cipeiro (em vigor, aprimorada)

As empresas devem dar importância às atribuições dos cipeiros, propiciando tempo suficiente para eles desenvolverem o seu plano de trabalho em prol da segurança.

Dirigente sindical (em vigor, aprimorada)

Nesta cláusula o dirigente sindical de base, não afastado de suas funções, passou de 12 dias por ano para participar de atividades sindicais (sem prejuízo nas férias, 13º salário e no Descanso Semanal Remunerado) para 15 dias por ano, sem prejuízo no salário, na PLR, bem como nas férias e 13º salário.

Um avanço inédito é que as semelhantes garantias desta importante cláusula também se estenderão aos dirigentes da FEM-CUT/SP e CNM/CUT.

Juventude (cláusula nova)

A nova cláusula visa fortalecer o presente e o futuro dos jovens e das indústrias brasileiras, vez que é necessário pensar em aprimorar continuamente a relação entre o moderno ambiente produtivo industrial e a nova força de trabalho, composta de uma juventude atuante, com afinidade à evolução tecnológica.

Cláusula compromissória

Ficou também acordado entre a FEM-CUT/SP e as bancadas patronais do G8, G2 e Estamparia que durante a vigência da CCT, até 31 de agosto de 2016, as partes vão definir uma agenda permanente para discutir as cláusulas sociais, no sentido de aprimorá-las de acordo com a atualidade.

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