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Desenvolvimento

Consumo e PIB crescendo são destaques da economia brasileira

Cenário terá impacto nas negociações da Campanha Salarial de 2024 e mobilização será mais do que necessária para garantir ganhos reais

Caroline Queiróz Tomaz/Imprensa SMetal
Freepik

Em março, o Brasil registrou uma taxa de desemprego de 7,9%, o nível mais baixo para essa época do ano desde 2014.

O PIB brasileiro totalizou R$ 2,7 trilhões nos primeiros três meses de 2024 registrando um crescimento de 0,8% em relação aos últimos três meses de 2023, segundo o IBGE. Com esse resultado, o país pode se tornar a oitava maior economia do mundo, à frente de países como Itália e Canadá, por exemplo.

De acordo com um levantamento da subseção dos metalúrgicos de Sorocaba do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) essa é a melhor posição do país no ranking desde 2010, quando o Brasil foi  a sétima maior economia do mundo em moeda corrente.

O economista Felipe Duarte, do Dieese, aponta que os setores que impulsionaram o crescimento do PIB, foram: serviços, incluindo comércio varejista, serviços pessoais, tecnologia da informação, desenvolvimento de sistemas e serviços profissionais. Entretanto, ele enfatiza que todos os segmentos foram “beneficiados pelo aumento do consumo das famílias e dos investimentos”.

Silvio Ferreira, secretário-geral do SMetal, parafraseia a economista, Maria da Conceição Tavares, e relembra que “o povo não ‘come’ PIB”. Para ele, o crescimento do país precisa estar refletido no dia a dia do trabalhador.

“Estamos observando o movimento de recuperação econômica e do poder aquisitivo das famílias e é neste ritmo que queremos ver a economia. Um cenário em que possamos garantir aumento real para os trabalhadores, salários dignos e outros benefícios. Afinal, o trabalhador é um dos principais atores deste crescimento”, afirma Ferreira.

 

Indústria

Este movimento também é repercutido pelo empresariado brasileiro. Silvio recorda que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) projeta crescimento no PIB da indústria de transformação, que deve crescer cerca de 1,5% em 2024 e o PIB do estado chegará a cerca de 2,4%.

Emprego e renda

O país apresenta ambiente econômico favorável, com aumento robusto do emprego, expansão da renda e da massa salarial.

Em março, o Brasil registrou uma taxa de desemprego de 7,9%, o nível mais baixo para essa época do ano desde 2014. O Dieese aponta, também, que o mercado de trabalho brasileiro continuou a crescer, com a criação de cerca de 958,4 mil novas vagas de emprego formal entre janeiro e abril de 2024, segundo dados do Caged.

Participação dos trabalhadores marca lançamento da Campanha Salarial 2024

Imprensa SMetal

Manifestações em Pindamonhangaba marcaram o lançamento da Campanha Salarial 2024, na quinta-feira, 6

Na última semana, os dirigentes do SMetal participaram de dois atos nas portas da Gerdau e da Tenaris Confab, em Pindamonhangaba. As mobilizações marcam o lançamento da Campanha Salarial 2024 da categoria.

Desde a última data-base dos metalúrgicos, em 1º de setembro de 2023, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) está acumulado em 3,33% até maio, de acordo com levantamento da subseção dos metalúrgicos de Sorocaba do Dieese.

Para a direção do SMetal, os indicadores econômicos do país mostraram um ambiente de maior estabilidade econômica, o que é propício para as negociações, mas será preciso mobilizar. “Independentemente do controle da inflação, precisamos mobilizar. As bancadas patronais frequentemente expressam insatisfação, mesmo em cenários de estabilidade econômica”, afirma Valdeci Henrique da Silva, Verdinho, vice-presidente do SMetal.

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