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Conselho Regional de Segurança Alimentar discute desafios do combate à fome

Um dos principais desafios destacados para o próximo ano é a participação das prefeituras no combate à fome

Gabriela Guedes/Imprensa SMetal
Gabriela Guedes/Imprensa SMetal

O presidente do SMetal, Leandro Soares, fez uma saudação aos participantes da reunião e ressaltou a importância do combate à fome.

O Conselho Regional de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável – Sorocaba (CRSANS) realizou uma reunião nesta terça-feira, 28, com a presença de representantes de 25 cidades, que discutiram as perspectivas de fomento à segurança alimentar e nutricional na Região.

A reunião aconteceu no Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), com participação dos conselheiros e convidados do CRSANS, representantes de entidades que trabalham com o combate a fome, como o Banco de Alimentos de Sorocaba (BAS), a Fundação Instituto de Terras de São Paulo (Itesp) e a  Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP). A prefeitura de Sorocaba não enviou representante.

“Se tratou de uma reunião na qual mobilizamos todos os municípios da nossa regional. Fechamos o ano com chave de ouro.  O Conselho é fundamental porque, sem isso, as políticas não chegam na mesa para as famílias, nem para os agricultores”, avalia Mara Mello, conselheira e gerente da Ceagesp.

Volta do CONSEA

Uma das principais pautas da reunião foi o fortalecimento da rede de conselhos de segurança alimentar, que a nível nacional é organizado pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

Meire Ellen Rodrigues, assistente social do BAS, relembra que o primeiro ato do governo Bolsonaro, no dia 2 de janeiro de 2019, foi extinguir o CONSEA e que, neste momento de retomada, a rearticulação das comissões está atingindo municípios que não alcançavam antes. Ela avalia que foi motivador ouvir relatos de experiências de outras cidades e a expectativa é que outros municípios se somem à articulação.

“Foram muitos anos parados. Percebemos que a questão do combate à fome, como a implementação de uma política de segurança alimentar, é um projeto político e tem que fazer parte do projeto da gestão, porque senão acaba sendo uma forma de ampliar ainda mais a pobreza e a miséria, e acabar com os direitos adquiridos”, destaca Meire.

A coordenadora do CRSANS, Kelly Cristina Bombem, conta que, ao longo deste ano, a principal tarefa do Conselho foi organizar as Conferências Municipais de Segurança Alimentar e Nutricional, realizadas em 25 cidades da região, apesar do Conselho representar 78 cidades.

“Os conselhos municipais, de modo geral, foram desarticulados nos últimos anos, mas a gente acredita que, agora, vamos conseguir retomar com um pouco mais de força nas políticas de combate à fome. Evidentemente que gostaríamos de ter conseguido dialogar, sensibilizar os demais, mas consideramos que foi um número positivo”, ressalta Kelly.

Apoio das prefeituras

Um dos principais desafios destacados para o próximo ano é a participação das prefeituras no combate à fome.

O diretor técnico da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, Marco Guasi, ressalta essa questão. “A gente sabe que é muito difícil, porque após o período pós-pandêmico piorou muito mais a situação. Então, estamos lançando projetos e fomentando toda essa parte de segurança alimentar”, conta.

Mara, da Ceagesp, destaca que o objetivo é que todas as prefeituras se articulem, se mobilizem, se sensibilizem. “Queremos implantar e estruturar, de fato, a política de segurança alimentar  nutricional para nós não ter fome mais na nossa região. Esse é o desafio”.

Perspectivas para 2024

Um dos planos encaminhados na reunião é a realização de palestras pela Região com a Professora Doutora Maria Rita Marques, da Unesp, para instruir e fundar, onde não há, os conselhos municipais. Além disso, decidiram reunir o Conselho a cada dois meses para monitorar as atividades.

“Esse plano de ação é para dialogar com esses municípios, fortalecer para que eles implantem a política de segurança alimentar e nutricional nos seus municípios, e que eles consigam trazer os municípios vizinhos para gente conseguir, no fim das contas, dialogar com todos”, conta Kelly.

Meire ressalta que um dos grandes desafios para o próximo período é ampliar a articulação. “Eu acho que é o primeiro passo para implementar a política de segurança alimentar. Vai ter também a Conferência Nacional, agora em dezembro, a ideia é que tudo isso se junte num mesmo processo. É uma luta constante”. 

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