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Reivindicação

Conheça a história de luta em prol do Hospital Municipal

Campanha do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) coletou cerca de 26 mil assinaturas de eleitores sorocabanos, que deu origem ao projeto de inciativa popular em prol do hospital

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Campanha do SMetal arrecadou 26 mil assinaturas de eleitores sorocabanos em prol do Hospital Municipal

Campanha do SMetal arrecadou 26 mil assinaturas de eleitores sorocabanos em prol do Hospital Municipal

Em 2011, quando era vereador, Izídio de Brito (PT) pautou o então prefeito Vitor Lippi (PSDB) da necessidade da construção de um Hospital Municipal na Zona Norte de Sorocaba. Sem respostas efetivas do Poder Executivo, a construção do hospital foi aprovada na 6ª Conferência Municipal de Saúde, ainda em 2011.

No mesmo ano, Izídio destinou emenda parlamentar para viabilizar a unidade municipal de saúde e propôs um abaixo-assinado para a sociedade civil. O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), então, em 2012, organizou a campanha ‘Hospital Municipal Urgente’, que foi responsável por arrecadar 26 mil assinaturas de eleitores sorocabanos.

Leandro Soares, presidente do SMetal, enfatiza que a construção do Hospital Municipal é uma reivindicação da população sorocabana. “Trabalhamos uma grande mobilização em toda cidade na época, envolvendo diversos setores, e apresentamos o Projeto de Iniciativa Popular, que mostrava o quanto a construção do hospital era importante e um desejo da população de Sorocaba. Cabe à prefeitura respeitar a vontade do povo porque foi eleita para isso”.

Foguinho/Imprensa SMetal
Projeto de Iniciativa Popular pelo Hospital Municipal foi aprovado pelos vereadores

Projeto de Iniciativa Popular pelo Hospital Municipal foi aprovado pelos vereadores

O Projeto de Iniciativa Popular, apesar de aprovado, teve que ser sancionado pela Câmara Municipal, em 2013, já que o prefeito Antônio Carlos Pannunzio (PSDB) havia vetado a proposta. No mesmo o ano, a Prefeitura de Sorocaba comprou o imóvel com cerca de 26 mil metros quadrados, localizado na avenida Ipanema, por R$ 13,6 milhões, para construção da unidade de saúde do município.

À época, o Poder Executivo anunciou a construção de um hospital com 200 leitos, prometido até 2016. Além disso, a unidade deveria disponibilizar serviços de Ortopedia e Traumatologia, Neurocirurgia, Cirurgia Geral e de Trauma, atendimento materno-infantil e atenção a casos de média complexidade.

Foguinho/Imprensa SMetal

No entanto, a construção nunca saiu do papel e o terreno ficou abandonado. Segundo estimativas do setor imobiliário, o local custa hoje cerca de R$ 21,4 milhões.

Linha do tempo

Maio de 2011 – Vereador Izídio questiona o então prefeito Vitor Lippi sobre a possibilidade de se construir um Hospital Municipal com leitos para suprir o déficit da cidade e não depender de convênios e da Santa Casa. A resposta da administração foi evasiva.

Junho de 2011 – Proposta do Hospital Municipal é aprovada na 6ª Conferência Municipal de Saúde.

Junho de 2011 – Vereadores aprovam emenda do então vereador Izídio prevendo a construção do Hospital na Lei de Diretrizes Orçamentárias de Sorocaba – LDO 2012.

Setembro de 2011 – Izídio propõe que a sociedade civil organize um abaixo assinado em prol do Hospital Municipal. O documento daria origem ao projeto de lei de iniciativa popular.

Março de 2012 – O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (SMetal) organiza uma campanha para coletar as assinaturas necessárias ao projeto de iniciativa popular em defesa da criação Hospital Municipal.

Maio de 2012 – Movimentos sociais e sindicais protocolam na Câmara Municipal de Sorocaba, no dia 15, o projeto de lei de iniciativa popular com 26.609 assinaturas de eleitores sorocabanos pela criação do Hospital Municipal.

Junho de 2012 – Câmara aprova, pelo segundo ano consecutivo, emenda de Izídio à LDO 2013, indicando a construção do Hospital Municipal de Sorocaba.

Fevereiro de 2013 – Vereadores aprovam, em duas votações por unanimidade, o projeto de lei de iniciativa popular que prevê a construção do Hospital Municipal de Sorocaba.

Março de 2013 – O então prefeito Pannunzio veta, no dia 7, o projeto de iniciativa popular aprovado pela Câmara, alegando inconstitucionalidade, pois somente o Executivo poderia tomar a iniciativa de propor a construção do Hospital.

Março de 2013 – No dia 13, a Comissão de Justiça da Câmara emite parecer no qual discorda do prefeito Pannunzio e recomenda que os vereadores derrubem o veto.

Março de 2013 – Por 15 votos a 5, Câmara derruba veto do prefeito, no dia 26, e sanciona a construção do Hospital, que passa a ser lei.

Julho de 2013 – Por determinação de Pannunzio, a Prefeitura deposita em juízo 13 milhões de reais relativos à desapropriação da área da antiga garagem da TCS para a construção do Hospital Municipal de Sorocaba. O terreno tem mais de 36 mil metros quadrados.

Outubro de 2013 – Bancada petista da Câmara de Sorocaba aprova emenda no Plano Plurianual da cidade, que estabeleceu a construção do Hospital Público Municipal como diretriz para Poder Executivo nos próximos quatro anos.

Novembro de 2013 – O prefeito Antônio Carlos Pannunzio reafirma em entrevistas a construção do Hospital na Zona Norte da cidade, que foi seu compromisso da campanha eleitoral.

Novembro de 2013 – No dia 26, os vereadores Izídio, Carlos Leite e Francisco França, todos do Partido dos Trabalhadores, aprovam emenda coletiva no Orçamento de 2014 para a construção da unidade hospitalar municipal de saúde.

Dezembro de 2013 – Izídio cobra o prefeito Pannunzio com relação na área em que será construído o Hospital Público Municipal da cidade, na Zona Norte. Resposta foi de que estaria preparando a documentação para o chamamento de parcerias público privadas (PPPs) para a construção.

Maio de 2014 – Audiência Pública presidida pelo vereador Izídio, presidente da Comissão de Saúde Pública do legislativo, volta a cobrar a prefeitura sobre a demora na construção do Hospital Municipal.

Maio de 2014 – No dia 24, Izídio entrega ao então ministro de Saúde, Arthur Chioro, documento no qual solicita apoio ao Hospital Municipal de Sorocaba.

Julho de 2014 – Vereadores da bancada do governo Pannunzio rejeitam emenda dos vereadores petistas que solicita apoio ao Hospital solicitado pela iniciativa popular.

Janeiro de 2015 – Matéria da imprensa do SMetal aponta necessidade do Hospital Municipal como alternativa para desafogar o atendimento e superlotação na Santa Casa.

Junho de 2015 – Comissão de Saúde da Câmara, presidida pelo vereador Izídio, faz vistoria no dia 10, na área comprada pela prefeitura de Sorocaba para a construção do Hospital Público Municipal e encontram local abandonado, sem indícios de obras.

Junho de 2015 – Novamente emenda na LDO, agora de 2016, para a construção do Hospital é rejeitada pela bancada do governo, que é a maioria dos vereadores.

Novembro de 2015 – Izídio aprova no Orçamento de 2016 emenda que garante a destinação de recursos para o início das obras do Hospital Municipal, agora chamado pelo governo Pannunzio de Hospital Municipal de Clínicas.

Maio de 2016 – Emenda do vereador Izídio põe Hospital Municipal nas diretrizes do Orçamento para 2017.

Junho de 2016 – No dia 10, nova vistoria no terreno do Hospital Municipal de Clínicas constata que o local continua abandonado.

Junho de 2016 – Izídio aprova duas emendas no projeto do Poder Executivo, no dia 23, que estabelece recursos do Fundo Municipal de Saúde como garantia ao parceiro público privado na construção e operação do Hospital. As emendas garantiram que os recursos sejam previamente submetidos a deliberação do Conselho Municipal de Saúde e que o valor destinado faça parte da prestação de contas quadrimestral da Secretaria de Saúde. Ambas surgiram para garantir a fiscalização dos recursos, investimentos e funcionamento do Hospital Público de Sorocaba.

Junho de 2016 – Câmara aprova emenda de Izídio que incluí a construção do Hospital Municipal de Sorocaba à Lei de Diretrizes Orçamentárias, prevendo o valor de R$ 50 milhões para a garantia da unidade.

Junho de 2018 – Crespo apresenta Projeto de Lei nº 169/2018 para conceder à BRT Sorocaba Concessionária de Serviços Públicos direito real de uso de um terreno rural de 26 mil metros quadrados, situado na Avenida Ipanema, a ser utilizado pela empresa para instalação da garagem dos veículos que irão compor o sistema.

Março de 2019 – Após entrar por seis vezes na pauta de votação do Legislativo sorocabano, o Projeto de Lei 169/2018, de autoria do prefeito José Crespo, que dispõe sobre concessão de direito real de uso de bem público dominial à BRT Sorocaba Concessionária de Serviços Públicos e dá outras providências, foi rejeitado, por unanimidade

Julho de 2020 – Atendendo o pedido da Prefeitura de Sorocaba, o Conselho Municipal de Saúde aprova a mudança da área destinada à construção do Hospital Municipal para antigo Matadouro, na avenida Paes de Linhares.

Julho de 2020 – O ex-vereador Izídio de Brito protocola representação no Ministério Público pedindo que o caso seja investigado.

Julho de 2020 – Ministério Público acata o pedido do ex-vereador Izidio de Brito e instaura inquérito para investigar a intenção da prefeitura em transformar o terreno comprado para o Hospital Municipal em garagem do BRT.

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