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Congresso metalúrgico elege Paulo Cayres presidente da confederação nacional da categoria

Ex-presidente Lula participou da abertura do Congresso, que reuniu mais de 500 sindicalistas de todo o país

Valter Bittencourt - Imprensa CNM/CUT
José Alfredo-CNM/CUT
Paulo Cayres é o novo presidente da CNM/CUT

Paulo Cayres é o novo presidente da CNM/CUT

Os cerca de 500 delegados e delegadas participantes do 8º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT elegeram o metalúrgico do ABC e atual coordenador-geral do SUR/CSE na Ford, Paulo Cayres, para a presidência da Confederação Nacional dos Metalúrgicos CNM/CUT, para o triênio 2011-2014.

A eleição da nova diretoria da CNM/CUT, composta por quase 40 companheiros que concorreram em chapa única, aconteceu na manhã desta sexta-feira (29), no encerramento do 8º Congresso Nacional da CNM/CUT, realizado no Hotel Caesar Park, em Guarulhos-SP.
Durante o discurso de defesa da chapa, o vice-presidente da CNM/CUT, Claudir Nespolo elogiou os nomes indicados para a nova direção. “Tenho certeza que o companheiro Paulo Cayres e todos os membros da direção vão honrar a história desta Confederação, por onde já passaram nomes como Ferreirinha, Marco Maia e Carlos Grana.”

O evento, que teve início na quarta-feira (27), reuniu metalúrgicos de sindicatos e federações filiadas à CNM/CUT em todo o país, que representam cerca de 1 milhão de trabalhadores dos setores automotivo, eletroeletrônico, bens de capital, siderúrgico, naval e aeroespacial.

Despedida
O deputado estadual e agora ex-presidente da CNM/CUT, Carlos Grana (PT-SP), fez seu discurso de despedida afirmando que os metalúrgicos e metalúrgicas do Brasil saem deste Congresso mais fortalecidos para a luta.

Grana agradeceu a todos os companheiros e companheiras que conviveram com ele no movimento sindical. “Somos uma geração vitoriosa, porque ajudamos a mudar o Brasil. Fomos e somos leais aos princípios que nortearam a criação e fundação da CUT”, ressaltou.
Ao aconselhar os companheiros que assumem o novo mandato, o deputado afirmou a importância de servir à categoria nacionalmente. “Ser dirigente da CNM/CUT não é apenas representar o seu sindicato, mas sim ter a responsabilidade de representar todos os metalúrgicos da CUT no Brasil”, lembrando que este foi “um dos Congressos mais maravilhosos realizados pela classe trabalhadora brasileira.”

Ao terminar, Carlos Grana brincou com o fato deixar a presidência da Confederação. “Não fiquem animados. Mesmo estando na Assembleia, vocês ainda vão ter que me aturar muitas vezes. Estarei sempre presente, colocando meu mandato de deputado estadual à disposição da categoria. Apenas estamos no parlamento, mas somos metalúrgicos até o final dos dias”, completou.

Novo presidente
Em seu primeiro discurso como presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, agradeceu a todos pela confiança ao elegê-lo. “É um prazer imensurável suceder companheiros como Carlos Grana, Guiba e Fernando Lopes, que já presidiram e fizeram história nesta Confederação”.
Paulão, como é conhecido pelos companheiros, afirmou que a CNM/CUT passa por um novo estágio, em que pode contribuir com sindicato de países que necessitam de apoio por meio de programas de solidariedade.

Ele emocionou a todos aos fazer uma analogia entre o pai de família Paulo Cayres e a atuação como dirigente sindical. “As pessoas que mais amo na vida são meus filhos. Sou capaz de matar ou morrer por eles. E essa mesma disposição eu vou colocar também na CNM/CUT, que é parte da minha alma.”

Ele finalizou seu discurso ressaltado a importância da categoria para o Brasil durante os oito anos de mandato do ex-presidente Lula. “Todos nós tivemos uma participação importante para a transformação social que o país viveu.”

Plano de Lutas
Antes, os cerca de 500 delegados e delegadas do 8º Congresso aprovaram o plano de lutas da categoria, que vai pautar as ações da nova direção da CNM/CUT para o próximo período. Entre os destaques surgidos a partir das 123 propostas de resolução formuladas por sete grupos temáticos que se reuniram na tarde de quinta-feira (28) e aprovadas em plenário pouco antes da eleição da nova direção, está a que trata do apoio da CNM/CUT e de todos os sindicatos e federações da base ao Projeto de Lei formulado pelos Sindicatos dos Metalúrgicos do ABC, Sorocaba, Taubaté e Salto, de regulamentação dos Comitês Sindicais de Empresa, que será encaminhado à Câmara dos Deputados. Apenas uma proposta foi rejeitada.

Também foi aprovada a criação das secretarias de Igualdade Racial e da Juventude.
Solidariedade Internacional – Outro ponto importante foi a criação de um Fundo mantido pela CNM/CUT, que tem por objetivo fomentar a solidariedade aos metalúrgicos de países pobres em desenvolvimento, apoiando projetos de cooperação em organização, formação e ação sindical.

As campanhas pela aprovação do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho, redução da jornada de trabalho para 40h semanais e pela ratificação da Convenção 158 da OIT, entre outras, continuam na pautas de luta da Confederação.

Participação de Marco Maia
Quem também teve uma rápida participação no Congresso, na noite de quinta-feira, foi o presidente da Câmara dos Deputados e ex-secretário-geral da CNM/CUT, Marco Maia, que fez um breve discurso para o plenário. Ele abordou principalmente as pautas de interesse da classe trabalhadora que tramitam na Câmara Federal.

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