No mesmo dia que completa 34 anos, na próxima segunda (28), a CUT começa a discutir nacionalmente e internacionalmente os rumos da maior central sindical da América Latina.
Em São Paulo, uma delegação internacional de quase 100 pessoas de todas as regiões do mundo, mais de 720 delegados e delegadas de todo país e movimentos sociais do campo e da cidade, da Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, participarão da abertura da “15º Plenária/Congresso Extraordinário e Exclusivo: 100 anos depois…A luta continua! Nenhum Direito a Menos” da CUT, que vai até quinta (31)”.
É uma Plenária Estatutária que se transformou em um Congresso Extraordinário devido à gravidade do momento em que o nosso país vive e relembra no nome da atividade, os 100 anos da primeira Greve Geral do país e a luta continua.
“Muita coisa mudou desde o 12º Congresso da CUT, que aconteceu em 2015. A presidenta Dilma Rousseff estava no começo de sua segunda gestão em que o cenário era outro. Agora temos um presidente não eleito para executar um projeto derrotado nas últimas três eleições e que tira direito do povo todos os dias”, enfatizou a Secretária-Geral Adjunta, Maria Faria.
“Precisamos atualizar coletivamente a nossa análise de conjuntura, as estratégias e o plano de lutas contruindo a unidade com os movimentos sociais para enfrentarmos e lutarmos contra os retrocessos para a classe trabalhadora, em defesa da democracia e por um país mais justo”, completou a dirigente.
O Congresso extraordinário da CUT aconteceu em todas as regiões do país, trazendo sugestões e proposições de trabalhadores e de trabalhadoras de cada canto deste país para contribuir com as resoluções da Nacional para o próximo período.
A programação já está sendo divulgada e, praticamente, três temas nortearão os debates no Congresso para subsidiar o atual plano de lutas. “A captura das democracias pelo capital”, Conjuntura nacional e “Financeirização, Automoção e o Futuro do Trabalho”.
“Este Congresso tem como um de seus principais objetivos trazer para o centro dos debates, com os delegados e as delegadas, a verdadeira face da luta de classes que estamos vivendo, no qual a financeirização do campital faz o papel de “governar” o país”, afirmou Maria.
“Também teremos um grande desafio para 2018. Temos que debater qual será o projeto que vai defender ou não a classe trabalhadora e a democracia no país. Nós como atores sociais, que somos, temos que discutir, sim, que país é este e que estado é esse que nós defendemos”, finalizou.
No dia 28, a abertura oficial do 15º Plenária/Congresso, que marcará os 34 anos da CUT, acontece a partir das 20h.