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CUT/Vox Populi

Congelar gastos sociais tem reprovação de 70%, diz pesquisa

Os objetivos do governo de Michel Temer de corrigir apenas pela inflação os gastos públicos com saúde, educação e assistência social até 2037 são reprovados por 70% da população; 19% são favoráveis

Rede Brasil Atual
Divulgação

A pesquisa identificou que o governo Temer não é bem avaliado por 74% dos entrevistados

Os objetivos do governo de Michel Temer de corrigir apenas pela inflação os gastos públicos com saúde, educação e assistência social até 2037 são reprovados por 70% da população. Segundo pesquisa do Instituto Vox Populi feita a pedido da CUT, apenas 19% dos entrevistados disseram ser favoráveis a essa medida prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, enquanto outros 11% disseram ser indiferentes, não saber ou não responderam.

A PEC 241 – chamada pela imprensa comercial de “PEC do teto de gastos” e pelos movimentos sociais de “PEC do fim do mundo” ou “do juízo final” – foi aprovada em primeira votação pela Câmara, onde passará por mais um turno. A proposta tem de receber ao menos 308 votos antes de seguir ao Senado, para outros dois turnos, também com exigência de votos favoráveis de três quintos – 48 dos 81 senadores.

A pesquisa identificou que o governo não é bem avaliado por 74% dos entrevistados. Apenas 11% veem a gestão Temer como positiva, 40% como regular e 34%, como negativa; e 15% não souberam responder. A avaliação negativa sobe a 46% na região Nordeste e o positivo vai 13% no Sul.

O percentual de entrevistados que acreditam que o país vai piorar sob o governo Temer é de 33%, enquanto 25% estimam que vai ficar igual e outros 33% acreditam que vá melhorar.

A ampliação o tempo de contribuição para aposentadoria por idade é reprovada por oito em cada dez trabalhadores do campo e da cidade. De acordo com a pesquisa, 80% discordam que seja ampliado de 15 para 25 anos o tempo mínimo para que trabalhadores tenham de contribuir ao INSS para poder se aposentar aos 65 anos – condição muito comum no meio rural ou no serviço doméstico, em que as pessoas começar a trabalhar ainda na adolescência, mas passam a maior parte do tempo em situação de informalidade.

A pesquisa foi realizada depois do resultado das eleições, entre os dias 9 e 13. Foram entrevistadas 2 mil pessoas com mais de 16 anos no Distrito Federal e em todos os estados brasileiros, exceto Roraima. De acordo com o instituto, foram ouvidos todos os segmentos econômicos e demográficos em 116 municípios. A margem de erro é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

“Ao contrário do que deputados e senadores pensam, o povo está informado, sabe que será o mais prejudicado com menos hospitais, menos médicos. E se a reforma da Previdência passar, que vai ter de trabalhar até morrer”, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas, anunciando que fará a divulgação em todo o país sobre como votarão deputados e senadores: “Os traidores da classe trabalhadora serão expostos cotidianamente até as eleições de 2018, podem ter certeza. Faremos de tudo para que nenhum jamais seja reeleito”.

Confira aqui os resultados da pesquisa.

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