Representantes de empresas de diversos segmentos da categoria metalúrgica estiveram presentes no Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), nesta segunda-feira, 20, à tarde, para debater a Campanha Salarial deste ano.
Dirigentes do SMetal reforçaram a necessidade das empresas de assumirem a manutenção dos direitos garantidos pelas Convenções Coletivas mesmo com o fim da ultratividade – estipulada pela Reforma Trabalhista – após o dia 31 de agosto, tendo em vista que a data base é o dia 1º de setembro.
O presidente da Federação dos Sindicatos Metalúrgicos do Estado de São Paulo (FEM/CUT), Luiz Carlos da Silva Dias (Luizão) veio a Sorocaba para participar da reunião e explicou aos negociadores das empresas a importância deles participarem junto de seus respectivos sindicatos patronais para que sejam assinadas as Convenções Coletivas.
De acordo com Luizão, a Convenção Coletiva ampara os direitos dos trabalhadores e tem maior abrangência. “Os acordos por empresa certamente custarão mais caros para todos”, ressaltou.
Para o secretário-geral do SMetal, Silvio Ferreira, a reunião desta segunda cumpriu o propósito de manter a postura da diretoria do sindicato em manter o diálogo e a transparência. “Esse é o melhor caminho para uma boa negociação para que o trabalhador tenha seus direitos garantidos”.
Mas diretoria do SMetal deixou claro que se for preciso haverá endurecimento nas ações sindicais, como protestos, paralisações e até greves, para pressionar pela manutenção dos direitos e por aumento real.
A Federação tem reunião agendada com os grupos patronais até o final de agosto e a próxima será nesta quinta-feira, com o Grupo 3.
Trinta e cinco empresas participaram da reunião sobre a Campanha Salarial. No total, aproximadamente 10 mil trabalhadores da base atuam nessas empresas.
Negociações permanentes
Apesar da pauta de reivindicações ter sido entregue em julho aos grupos patronais, as mesas permanentes de negociação tiveram início em março. Luizão destaca que com alguns grupos patronais já ocorreram mais de 10 negociações.
Porém, o dirigente da federação alerta que o Grupo 10 (lâmpadas; equipamentos odontológicos; mecânica; material bélico; entre outros) não se manifestou até agora.