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Economia

Comércio tem faturamento 0,9% maior em abril

Pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), divulgada na última semana, revela que o comércio varejista na região de Sorocaba apurou, em abril, faturamento real de R$ 2,5 bi

Jornal Cruzeiro do Sul/José Antonio Rosa
Fábio Rogério/Arquivo JCS

O incremento nos negócios foi da ordem de 0,9% em relação ao mesmo mês de 2015 e o faturamento total de R$ 2,5 bilhões

Pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), divulgada na última semana, revela que o comércio varejista na região de Sorocaba apurou, em abril, faturamento real de R$ 2,5 bilhões. O incremento nos negócios foi da ordem de 0,9% comparativamente ao mesmo mês de 2015.

O setor de supermercados foi o que apresentou melhor desempenho e o que mais contribuiu para o resultado obtido. As vendas desses estabelecimentos registraram crescimento de 8,2%, tomando-se por base o igual período do ano passado. No acumulado do ano o recuo é de 0,9% e nos últimos doze meses houve retração de 3,3%.

Lojistas estabelecidos no centro da cidade admitiram o que chamaram de “discreta melhora” no ritmo dos negócios. Arley Domingues, que vende roupas, disse que de maio para cá, constatou um fluxo maior de clientes e um aumento das operações. “Muitas pessoas que nos procuram dizem que voltaram a trabalhar e que por isso puderam voltar a consumir”.

Jonas Antunes, que comercializa bijouterias e semijoias, também disse ter observado mudança para melhor. “Eu ouvi dizer que a partir de agosto as coisas começariam a mudar e parece que vão mesmo. Já dá para respirar um pouco mais aliviado, mas ainda não podemos comemorar com euforia. O jeito é acompanhar essa evolução com cautela”.

Queda na inadimplência

O presidente da Associação Comercial de Sorocaba (Acso), José Alberto Cépil, lembrou que a entidade já detectou redução no nível de inadimplência e que isso também está relacionado à melhora nas vendas. A Associação não dispõe de dados sobre o percentual de crescimento dos negócios, mas demonstrou otimismo e aposta num final de ano mais tranquilo para o setor.

Os dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Fecomercio tomam por base informações da Secretaria da Fazenda. Dos nove setores analisados, quatro apresentaram evolução em abril na comparação com igual mês de 2015.

As atividades de supermercados (8,2% e colaboração de 2,6 pontos percentuais para o resultado geral), outras atividades (3,9% e impacto de 0,8 p.p.) e farmácias e perfumarias (13,4% e contribuição de 0,7 p.p.) foram determinantes para que o varejo da região crescesse.

Por outro lado, os segmentos de materiais de construção (- 16,8% e colaboração de – 1,5 p.p.), de eletrodomésticos e eletrônicos e de lojas de departamentos (- 8,1%, com contribuição de -1 p.p.) e de lojas de vestuário, tecidos e calçados (- 2,1% e colaboração de – 0,5 p.p.) impediram um resultado geral melhor.

Retração estadual

Pelo segundo mês consecutivo, o comércio varejista registrou em nível estadual queda nas vendas na comparação interanual. Em abril, o faturamento real do varejo foi de R$ 44,7 bilhões, retração de 3,3% em relação ao mesmo mês de 2015, quando a receita foi de R$ 46,2 bilhões. No acumulado de 12 meses, a queda atinge 6%.

Das 16 regiões analisadas pela entidade, nove apresentaram retração em abril na comparação com o mesmo mês de 2015. Os dois piores desempenhos foram observados nas regiões de Osasco (- 14,5%) e Capital (- 7,4%). Já as regiões do Litoral (6,3%) e Araraquara (4,9%) foram as melhores.

Já entre as nove atividades pesquisadas, seis registraram queda nas vendas em abril considerando a mesma base de comparação: lojas de vestuário, tecidos e calçados (- 21,6%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (- 12,9%), materiais de construção (- 12,4%), lojas de móveis e decoração (- 10,4%), concessionárias de veículos (- 7,4%) e outras atividades (- 2,7%). Esses seis segmentos, no seu conjunto, impactaram negativamente o resultado geral do comércio em 5,5 pontos percentuais.

Por outro lado, os setores de farmácias e perfumarias (13,8%), supermercados (3,7%) e lojas de autopeças e acessórios (1,3%) foram os únicos que apresentaram crescimento em abril. Esses índices positivos atenuaram a queda geral em 2,2 pontos percentuais. Segundo a assessoria econômica da Fecomercio, apesar do desempenho negativo registrado em abril, os indicadores de confiança mostram uma melhora das expectativas dos agentes econômicos diante das mudanças do quadro político e da troca de comando das autoridades econômicas. O mercado parece esperar que o protagonismo absoluto das questões políticas se reduza e abra espaços para discussões e aplicações de medidas de ajuste efetivo e de controle das atuais distorções, sem elevações da carga tributária.

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