O horário estendido das lojas do Centro de Sorocaba, que passam a funcionar até as 22h a partir de hoje, reflete na necessidade de se contratar mais funcionários. A expectativa das associações representantes do comércio local é de que sejam incorporados de 3.200 e 4.000 trabalhadores temporários para atender a esta demanda. As vagas, em sua maioria, oferecem o piso da categoria. Em torno de 20% consegue ser efetivado após o período do Natal.
As contratações para o fim do ano devem ocorrer mais próximas ao Natal, acredita Hudson Pessini, da Associação do Centro Estendido de Sorocaba (Aceeso). O período eleitoral e a ressaca da Copa do Mundo, que desanimou o setor varejista, foram os motivos que influenciaram nessa demora para contratação. “A maior parte das contratações vai ser nesse período de dezembro”, diz.
Para ele, o lojista está com os pés no chão e, somente depois que as vendas se aquecerem, vão contratar. A expectativa da Aceeso é de que 4.000 trabalhadores consigam um emprego temporário neste fim de ano. Em torno de 800 comércios estão contratando nesse período, diz Pessini. “Em frente às lojas, há cartazes com dizeres “precisa-se”.”
Já a projeção da Associação Comercial de Sorocaba (Acso), para este ano, é de que o comércio local gere 3.200 novos postos de trabalho. Esses trabalhadores devem receber o piso inicial da categoria, que varia entre R$ 1.012, para empresas com até 10 funcionários, a R$ 1.088, para empresas com número maior de empregados.
Efetivação
Entre os trabalhadores temporários do comércio local, a maior expectativa é de fazer um bom trabalho e tentar convencer a chefia a efetivá-los. Esse é o caso dos vendedores Lucas Luiz Marcelo da Costa, Diego Leonardo Oliveira Gabriel e Ingrid Carolina Moraes, contratados neste fim de ano.
Ainda com 17 anos, esta é a primeira experiência de Lucas, que está gostando do contato com o público como vendedor em uma loja de acessórios para celular. Já Ingrid, está há um mês em uma loja de calçados no Centro após um período de dois meses procurando uma vaga para voltar ao mercado de trabalho. “Agora estou me esforçando, trabalhando nas vendas, para conseguir a efetivação”, explica ela, que atua pela primeira vez nesta função.
A experiência em vendas de Diego, por outro lado, levou a uma rápida reinserção no comércio. “Eu saí do emprego anterior na sexta-feira e entrei aqui na outra semana”, revela. Segundo ele, quem atua como vendedor, dificilmente fica sem emprego no fim do ano. “E trabalhando bem em dezembro, em janeiro dá um bom salário.”