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Com expectativa de venda da fábrica, produção é retomada na Ford

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a negociação para o encerramento dos contratos de trabalho avançou. Notícia sobre a venda da Ford para o grupo Caoa não foi confirmada oficialmente

Rede Brasil Atual
ADONIS GUERRA/SMABC
Wagnão se mostrou mais otimista sobre negociações: 'Gostaríamos de já em abril realizar uma assembleia trazendo uma boa notícia'

Wagnão se mostrou mais otimista sobre negociações: ‘Gostaríamos de já em abril realizar uma assembleia trazendo uma boa notícia’

Depois de 42 dias, a produção na Ford de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, foi retomada, conforme decisão tomada em assembleia diante da fábrica, na manhã desta terça-feira (2). Desde o anúncio de fechamento da unidade, em fevereiro, a produção havia sido interrompida, embora os trabalhadores não tenham decretado greve. Agora, existe expectativa de conclusão da venda.

Hoje, o portal UOL afirmou que o grupo Caoa concluiu acordo para adquirir a unidade e continuar produzindo caminhões, mas a informação não foi confirmada oficialmente – a fábrica também produz um modelo do Fiesta.

“Para a fábrica interessa produzir, pois tem compromissos comerciais. De nossa parte, nos interessa que os investidores tenham como conhecer o funcionamento da fábrica, como é o processo de produção e, principalmente, a qualificação dos trabalhadores”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão, na assembleia.

De acordo com a entidade, as negociações para encerramento dos contratos de trabalho está avançando – os funcionários seriam recontratados pelo novo empregador. “A Ford precisa pagar um preço pela sua decisão. Temos um acordo que garante a estabilidade até novembro, porém não queremos aguardar até lá. Nós gostaríamos de já em abril realizar uma assembleia trazendo uma boa notícia”, acrescentou Wagnão.

A partir de agora, a produção será mantida durante dois dias na semana – um a menos em relação ao período anterior ao anúncio de fechamento. Até que a fábrica feche definitivamente, deverão ser produzidos 1.700 veículos Fiesta e 843 caminhões.

Segundo o coordenador do Comitê Sindical, José Quixabeira de Anchieta, o Paraíba, o pagamento de participação nos lucros ou resultados (PLR) está garantido neste ano. A negociação em curso inclui itens como data-base e indenizações. “Estamos num caminho positivo. Não tínhamos luz no fim do túnel, mas já começa a aparecer a possibilidade de dar certo. Falta pouco para fechar os pontos desse pacote de negociação e colocar em votação com vocês numa futura assembleia.”

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