Cerca de 30 trabalhadores que integram os coletivos da Juventude, de Gênero, da Saúde de Igualdade Racial, do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) tiveram atividade de formação no Memorial da Resistência, em São Paulo, na quinta-feira, dia 2.
Os assessores políticos do Sindicato, Geraldo Titotto e Douglas Belchior, organizaram a visita ao Memorial, que é o antigo prédio do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops/SP), uma das polícias políticas mais truculentas do país, principalmente durante o regime civil-militar.
O professor de história e militante social, Miguel Trujillo, que foi preso e torturado na ditadura por se posicionar contra a repressão, foi o guia dos membros dos coletivos.
Histórias de resistência
Após a visita, houve uma mesa de discussão com:
• Raphael Martinelli foi líder ferroviário antes do golpe de 1964, amigo do presidente João Goulart, militante do PCB (Partido Comunista Brasileiro).
• Geraldo Jorge Sardinha, que iniciou sua atividade política no final dos anos 50 ao se engajar no movimento secundarista do Rio de Janeiro.
• Miguel Trujillo, historiador, integrava o Partido Comunista e atuava junto à juventude em Sorocaba. Preso sem mandado judicial e sem prisão preventiva pelo Doi-Codi de São Paulo, em 9 de outubro de 1975, aos 22 anos.
Memorial
Memorial da Resistência fica no antigo prédio do Deops, aparato da repressão da ditadura civil-militar, na Luz, em São Paulo. O local é aberto à visitação com entrada gratuita. Há exposições e atividades como Sábado Resistente, com debates sobre o período da ditadura civil-militar.