Reafirmar o compromisso em defesa da democracia brasileira e do mandato da presidenta Dilma Rousseff. Este foi o tom da última reunião de 2015 do conselho diretivo da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT). O encontro, que teve início nesta segunda-feira (7) e terminou nesta quarta-feira (9), aconteceu na sede da entidade, em São Bernardo do Campo (SP).
“Nós, metalúrgicos e metalúrgicas, que lutamos contra a ditadura militar, não vamos aceitar esta tentativa de golpe. Nós sabemos muito bem a luta que foi para vivermos em uma sociedade democrática. Não vamos aceitar que a presidenta, eleita por 54,5 milhões de brasileiros, seja destituída através de manobras desta direita raivosa”, afirmou o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, ao destacar que a entidade e os sindicatos a ela filiados vão se somar às manifestações que a CUT e os movimentos sociais estão convocando contra os golpistas e o processo de impeachment da presidentadeflagrado na Câmara dos Deputados.
Durante a reunião, os dirigentes debateram as principais ações e negociações das campanhas salariais dos sindicatos e federações e apresentaram um balanço das atividades desenvolvidas pela CNM/CUT em 2015. Além disso, foram traçados metas e atividades para o primeiro semestre de 2016.
Pela primeira vez conduzindo a reunião na condição de secretário geral em exercício da Confederação, Loricardo de Oliveira destacou o debate de sustentação financeira dos sindicatos como um dos principais feitos no encontro da direção. “O conteúdo de toda reunião foi construído em cima das demandas dos representantes dos sindicatos e federações. E este tema é importante para o futuro da representação das entidades e tinha que ser discutido com prioridade nesta reunião com a nova direção”, contou. “A participação da CUT neste debate também foi essencial, já que somos uma entidade orgânica da Central”, completou.
Por isso, a discussão teve a presença do metalúrgico e secretário geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre, que reafirmou a posição contrária da CUT à cobrança obrigatória do imposto sindical (desconto de um dia de salário), que vem desde a fundação da entidade, em 1983. “Tivemos poucos avanços e mudanças no debate deste tema nos últimos anos. O que precisamos é ter sindicatos fortes para negociar convenções coletivas nacionais e nos municiarmos de convencimento político para mostrar que é o principal instrumento das conquistas dos trabalhadores”, disse.