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Economia

Cesta básica sorocabana sobe em setembro e consumidor sente no bolso

Se comparado a setembro de 2021 o aumento foi de 12,38% levando o consumidor a desembolsar R$124,10 a mais pelos mesmos produtos; 34 itens da cesta básica chegam a custar 90% de um salário mínimo

Imprensa SMetal
Valter Campanato/Agência Brasil
Dos 34 itens analisados pelo levantamento da Universidade de Sorocaba, ao menos 14 tiveram alta em setembro

Dos 34 itens analisados pelo levantamento da Universidade de Sorocaba, ao menos 14 tiveram alta em setembro

O preço da cesta básica sorocabana aumentou em setembro. De acordo com um levantamento organizado pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade de Sorocaba (Uniso), o consumidor pagou 1,18% a mais nos produtos do dia a dia, quando comparado ao preço de agosto e, atualmente, o sorocabano desembolsa a R$1.102,31 para ter acesso a esses itens, o que corresponde a mais de 90% do salário mínimo vigente (R$1212).

Se considerado o mês de setembro de 2021, o levantamento mostra que a cesta teve um aumento anual de 12,38%, fazendo com que o consumidor pague R$124,10 a mais, em setembro de 2022, pelos mesmos produtos. O estudo leva em consideração 34 itens entre mantimentos, produtos de higiene pessoal e do lar.

Desses 34 produtos, ao menos 14 apresentaram alta no preço em setembro. Sendo os produtos que ficaram mais caros: a cebola (14,33%), o frango (13,52%), o extrato de tomate (13,03%), a muçarela fatiada (6,51%) e, por fim, a batata (6,40%).

De acordo com o estudo, a alta na carne de frango se deu porque o preço do item está relacionado a custos elevados de insumos, que acabam sendo repassados para os produtores de aves, e também pela maior demanda em substituição à carne de bovina.

IPCA

Apesar dessa tendência, a alta do preço da cesta básica em setembro de 2022 (1,18%) foi em sentido contrário ao resultado medido pelo índice de inflação oficial (IPCA-15), que apresentou queda de -0,37%. Isso significa que os produtos de consumo básico que compõem a cesta básica ficaram mais caros, enquanto os bens e serviços em geral, medidos pelo IPCA15, ficaram mais baratos.

Metalúrgicos

Diante dos aumentos sistemáticos registrados em diversos meses de 2022, é importante recordar que o trabalhador está sentindo os impactos desses preços no bolso. “O salário que antes comprava determinados itens hoje não tem o mesmo valor, isso porque a inflação corroeu o poder de compra da classe trabalhadora que, basicamente, precisa labutar para vestir e comer”, comenta Leandro Soares, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal).

A fala de Leandro recorda sobre a importância das lutas que estão sendo realizadas quanto a Campanha Salarial de 2022. Vale ressaltar que, neste momento, a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM/CUT-SP) e os treze sindicatos filiados se articulam para garantir um reajuste salarial digno que, minimamente, reponha as perdas com a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que, deste a última data-base dos metalúrgicos (setembro de 2021) ficou em 8,83%.

Até agora, a Campanha Salarial está fechada em sete grupos patronais e garante reajuste acima da inflação para 55% da categoria. “O Sindicato dos Metalúrgicos está trabalhando para ampliar essa conquista e minimizar os impactos dos preços no bolso do trabalhador”, comenta Leandro.

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