Desde que foi aberto o processo de impeachment contra Dilma Rousseff, em 12 de maio, o que acarretou no afastamento da presidenta eleita por até 180 dias, uma onda de retrocessos e perda de direitos vem sendo anunciada pelo governo interino de Michel Temer (PMDB).
Em julho, por exemplo, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, anunciou três medidas de alteração na legislação trabalhista que pretende encaminhar ao Congresso Nacional até o fim do ano: a regulamentação da terceirização; a conversão do Programa de Proteção ao Emprego (PPE) em política permanente; além da proposta de mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Logo após o anúncio, as centrais sindicais se uniram e manifestaram-se contrárias às medidas. “Estamos combatendo para que no Brasil não haja golpe, retrocesso”, afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, durante assembleia nacional realizada dia 26 de julho. “O que nos deixa unificado é a não retirada dos direitos dos trabalhadores, não mexer na CLT, na jornada de trabalho e na Previdência”, completou. As centrais sindicais já sinalizaram a possibilidade de greve geral ou de categoria no caso de confirmação das perdas
de direitos.