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Jornada de Luta

Centrais sindicais e movimentos sociais se manifestam contra a taxa de juros

Chamada de "Jornada de Luta", a ação está sendo reforçada nesta sexta-feira, 16, por um ato que acontece no ABC

Com informações do Portal CUT

A Jornada de Luta contra a política monetária do Banco Central envolve os mais diversos setores da sociedade | Foto: CUT

Nesta sexta-feira, 16, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), centrais sindicais, movimentos populares, em consonância com o setor produtivo, começa, iniciaram uma jornada de lutas contra os juros altos, exigindo que o Banco Central reveja – para baixo – os atuais 13,75% de juros ao ano.

Atualmente, o presidente da instituição é Roberto Campos Neto que defende a tese de que é preciso a economia dar sinais de estabilidade para a inflação baixar e, no futuro, baixar os juros. Esse pensamento é criticado por especialistas e por parte da sociedade civil que, nesta semana, se mobiliza conta a política econômica imposta pelo Banco Central.

Chamada de “Jornada de Luta”, a ação está sendo reforçada nesta sexta-feira, 16, com uma manifestação pelas ruas de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC). Assista aqui.

Mobilização

A Jornada de Luta contra a política monetária do Banco Central envolve os mais diversos setores da sociedade, afetados pelos efeitos nefastos dos juros altos. O setor produtivo, por exemplo, vê sua perspectiva de investimento e desenvolvimento se esvaziar já que linhas de crédito e financiamento se tornam mais caras.

Paralelamente, o comércio é afetado pelo fato de os consumidores também reduzirem o consumo pelo mesmo motivo. Vendendo menos, a indústria produz menos. O resultado, fechando o círculo vicioso, é o desemprego. Desta forma a economia trava.

O governo federal tem feito duras críticas à gestão do Banco Central, que é independente, ou seja, não se submente a decisões governamentais e age por contra própria.

Uma das declarações mais contundentes e didáticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocorreu no dia 1° de Maio, na celebração do Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, em São Paulo, realizado pela CUT e demais centrais sindicais.

“Não podemos viver em um País onde a taxa de juros não controla a inflação. Ela controla, na verdade, o desemprego, porque ela é responsável por uma parte da situação que vivemos hoje”, disse Lula.

No entanto, Campos Neto, presidente do BC, ignora as sucessivas quedas nos índices inflacionários. O IPCA, que mede a inflação oficial, no mês de maio ficou em 0,23%, índice menor que os 0,61% de abril e que soma 3,94 % em 12 meses. É  menor em três anos.

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