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Centrais pedem que governo segure PL da terceirização e PEC das Domésticas

Partes voltam a se reunir em 11 de junho. Até lá, sindicalistas esperam que governo discuta melhor essas questões

Rede Brasil Atual
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Para presidente da CUT, governo não deve aprovar os projetos sem discussão prévia com centrais sindicais

Para presidente da CUT, governo não deve aprovar os projetos sem discussão prévia com centrais sindicais

O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou hoje (14) que o governo federal se comprometeu a segurar até 11 de junho a tramitação do Projeto de Lei 4.330, de 2004, que trata de terceirização do trabalho e está na Câmara dos Deputados, e a regulamentação da proposta de Emenda Constitucional 72, a chamada PEC das Domésticas. “É importante que o governo, que tem maioria no Congresso, não aprove estes projetos sem discutir antes com as centrais sindicais”, disse Freitas.

Freitas e líderes da Força Sindical, Nova Central, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e União Geral dos Trabalhadores (UGT) estiveram hoje reunidos com os ministros Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações Institucionais, no Palácio do Planalto, e voltam à mesa no dia 11.

Segundo o cutista, a primeira reunião da chamada Mesa de Diálogo, o canal de negociação permanente entre o governo federal e centrais sindicais, debateu itens como a ratificação das convenções 151 (sobre negociação coletiva para dos trabalhadores do setor público) e 158 (contra demissões imotivadas) da Organização Internacional do Trabalho.

MP dos Portos
O presidente da CUT disse que das centrais sindicais que participaram da reunião apenas a Força Sindical não assinou uma carta de apoio em favor do relatório do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) sobre a Medida Provisória 595/2012 (MP dos Portos), no capítulo que trata especificamente sobre os direitos trabalhistas dos portuários.

“Sabemos que há uma opinião do deputado Paulinho (Paulo Pereira da Silva, do PDT-SP), presidente da Força Sindical. As outras quatro centrais sindicais presentes à reunião assinaram o documento colocando que o que está no texto do relator foi o que discutimos anteriormente”, afirmou.

Paulinho não assinou o documento e disse antes da reunião que o texto apresenta uma falha que, se não fosse corrigida, levaria a uma greve dos portuários.

A posição do governo é não mexer no texto do senador Eduardo Braga, porque qualquer alteração inviabilizaria a votação da medida provisória, que perde a validade nesta quinta-feira (16). O presidente da CUT disse que a ministra Ideli Salvatti garantiu que todo o acordo feito será cumprido e negou qualquer intenção de greve.

“A ministra Ideli colocou que está garantido o que nós acertamos com o governo em relação aos direitos dos trabalhadores. Aquilo que foi acertado em negociação das centrais sindicais com o relator e com o governo será colocado, item por item, na redação final”, disse Freitas.

Segundo o dirigente cutista, o acordo estabelece que o trabalhador poderá atuar tanto nos portos atuais como nos que se originarão da nova regulamentação e que vão ser geridos pela iniciativa privada, sendo contratados por meio de negociação entre empresários e sindicato.

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