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Dia do Basta

Centrais exigem revogação da Reforma Trabalhista e basta de retrocesso

Além de mobilizações e paralisações nos 27 estados do Brasil, um ato na Av. Paulista marcou o Dia Nacional do Basta. Cerca de 10 mil trabalhadores exigiram basta de desemprego e de retirada de direitos

Érica Aragão - Portal da CUT
Adonis Guerra/SMABC
Ato em frente ao prédio da Fiesp na Avenida Paulista, em São Paulo, no Dia do Nacional do Basta

Ato em frente ao prédio da Fiesp na Avenida Paulista, em São Paulo, no Dia do Nacional do Basta

“Eu não abro mão! Dos meus direitos eu não abro mão!”. Com essas palavras de ordem, cerca de 10 mil trabalhadores e trabalhadoras ocuparam a Av. Paulista, em São Paulo, na última sexta-feira (10), no Dia Nacional do Basta.

Para dizer basta de retirada de direitos, de desemprego, de arrocho salarial, de privatizações e de aumento no preço dos combustíveis e gás de cozinha, bancários, químicos, metalúrgicos, professores, petroleiros, servidores municipais, estaduais e federais, trabalhadores da saúde, da água e esgoto, metroviários, condutores, trabalhadores da telecomunicação, comerciários, trabalhadores das autarquias, estudantes e movimentos sociais levantaram bandeiras das mais diversas cores, das centrais e sindicatos, e coloriram a avenida neste dia de luta.

“A classe trabalhadora mandou o recado para os golpistas. Em todos os estados do País, os trabalhadores e as trabalhadoras se mobilizaram contra os retrocessos do governo golpista de Michel Temer. A sociedade está de saco cheio de desemprego, de salário baixo, de bico e de retirada de direitos, conquistados com muita luta”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Segundo ele, a eleição de outubro será fundamental para reverter todas as maldades contra a classe trabalhadora promovidas por aqueles que deram o golpe em 2016.

“Essa é a eleição das nossas vidas. Nada vai adiantar fechar acordos trabalhistas agora, porque, se eles ganharem, vai estar ratificado o golpe e vão retirar todos os direitos conquistados. Precisamos eleger um Congresso compromissado com o povo trabalhador. E a vitória definitiva passa pela eleição de Lula.”

O Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre, destacou que a mobilização do Dia do Basta ocorreu em praticamente todos os estados brasileiros e em diversas cidades foram registrados atos, assembleias, atrasos de turnos e panfletagens.

Ao falar sobre a escolha do prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para o ato em São Paulo, Sérgio reforçou que a entidade patronal financiou o golpe que tirou do governo uma presidenta eleita legitimamente, Dilma Rousseff.

“Além de ser a financiadora do golpe, escolhemos a Fiesp para dizer basta de descaso com a classe trabalhadora.”

“A entidade representa os patrões e queremos dar um recado para eles: não permitiremos que os trabalhadores e as trabalhadoras fiquem sem a garantia de direitos, como as indústrias e empresas estão querendo fazer, negando a renovação da Convenção Coletiva e tentanto impor a reforma trabalhista.”

Participou da atividade em São Paulo Sharan Burrow, Secretária-Geral da Confederação Sindical Internacional (CSI), maior entidade sindical do mundo, que representa 180 milhões de trabalhadores filiados a mais de 300 sindicatos em 161 países.

Adonis Guerra/SMABC
Uma mística teatral trazia o caixão simbolizando o enterro das reformas trabalhista e da previdência, a privatização, a mídia golpista e o golpe

Uma mística teatral trazia o caixão simbolizando o enterro das reformas trabalhista e da previdência, a privatização, a mídia golpista e o golpe

Ela está no Brasil para prestar solidariedade aos brasileiros e brasileiras diante dos retrocessos vividos pela classe trabalhadora desde que o ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP) assumiu o governo por meio de um Golpe de Estado.

“Nós não reconhecemos este governo de Temer que retirou direitos, aprovou a reforma trabalhista e criou o maior número de desempregados da história do País”, disse.

“Vocês não estão sós, iremos denunciar esses ataques nos quatro cantos do planeta.”

O presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, animado com o resultado do Dia do Basta, fez um balanço das mobilizações e paralisações em várias cidades do interior e grande São Paulo e disse que é preciso dar basta nos golpistas que querem entregar o patrimônio público brasileiro e impedir Lula de ser candidato.

“Não queremos entregar nossas riquezas e muito menos que os mais pobres paguem o preço deste golpe. Queremos uma política inclusiva que avance para atender os direitos dos trabalhadores e precisamos de um Estado que atenda as necessidades do povo.”

O ato político na Petrobras

Organizado pela CUT e demais centrais, o ato teve concentração em frente ao prédio da Fiesp e depois os trabalhadores e trabalhadoras saíram em caminhada até o prédio da Petrobras para denunciar as consequências da entrega da estatal aos brasileiros e de brasileiras.

“Saímos da Fiesp, símbolo do golpe, e fomos até a Petrobras, símbolo da soberania e desenvolvimento nacional, para denunciar a política entreguista de Temer, que está fazendo com que o preço dos combustíveis e do gás de cozinha aumentem de forma absurda”, explicou petroleira e Secretária de Juventude da CUT São Paulo, Cibele Vieira.

“Basta deixarem os petroleiros trabalharem que os preços caem”, concluiu.

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