Após o impeachment passar na Câmara, no dia 17, o dólar subiu e a bolsa caiu. O jornal Valor mostrou que a moeda americana chegou a R$ 3,57. Isso representa preocupação no cenário internacional em relação à crise política no Brasil.
O próprio New York Times (NYT) afirmou que o impeachment não é bom para o Brasil.
Em editorial, o jornal diz que “o Brasil está em farrapos” pelo esgotamento que está sendo criado pela direita para poder subir ao poder indiretamente.
A explosão do endividamento das famílias, os juros sobre investimentos e alta da taxa Selic tornam inviáveis o dinamismo da economia, segundo o professor da PUC-SP, Ladislau Dowbor.
Esses três processos estão ligados ao processo de financeirização, “que cada vez mais concentra recursos para o setor financeiro, e atualmente, são responsáveis por travar a economia”.
O professor alerta que quem acha que a culpa da crise econômica é apenas da presidenta Dilma Rousseff e que um eventual governo de Michel Temer vai resolver a situação de estagnação da economia, está longe de enxergar os reais motivos dos problemas que o país tem enfrentado.
Tradução de um trecho:
“Até o momento, as investigações não encontraram nenhuma evidência de ações ilegais de sua parte. E enquanto ela é, sem dúvida, responsável por políticas e erros que produziram problemas econômicos, não há nada que justifique o impeachment. Derrubar Dilma sem evidências concretas de corrupção causaria sérios danos à democracia que vem ganhando força nos últimos 30 anos, sem nenhuma contrapartida. E não há nada que sugira que algum dos líderes políticos que querem lhe tomar o lugar faria melhor do que ela em termos de política econômica”.