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Violência

Casos de estupros crescem 16% em Sorocaba nos cinco primeiros meses de 2024

Aumento desse tipo de crime acontece em meio à inúmeras críticas sobre a atendimento realizado pela DDM na cidade

Portal Porque
Divulgação/Prefeitura Municipal de Sorocaba

DDM tem sido alvo de reclamações pelo descaso no atendimento às vítimas.

Sorocaba registrou um aumento de 16% nos casos de estupro nos cinco primeiros meses de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado. No total, foram 116 ocorrências desse tipo de crime entre janeiro e maio, contra 100 computadas em 2023.

Os dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) apontam que o município teve 32 casos considerados como estupros e 84 como estupros de vulnerável.No ano passado, nos cinco primeiros meses, foram 25 ocorrências de estupros e 75 de estupros de vulnerável.

Os números registrados em Sorocaba vão na contramão do resultado no Estado de São Paulo, que teve queda de 3,4% nas ocorrências de estupro no mesmo período. Enquanto em 2023 foram 6.076 registros, este ano foram 5.866 casos.

O aumento no caso estupro em Sorocaba acontece em meio à inúmeras críticas aos órgãos policiais responsáveis pela segurança das mulheres, em especial à DDM (Delegacia de Defesa da Mulher).

Dois casos noticiados pelo Portal Porque evidenciaram a deficiência no atendimento às vítimas na cidade. O primeiro foi o assassinado de Aline Queiroga, morta no mês passado enquanto trabalhava.

Antes de morrer, ela relatou em um grupo do Whatsapp que foi tratada com descaso na DDM quando foi prestar queixa contra o ex-namorado, principal suspeito do crime.

A outra situação, noticiada com exclusividade pelo Porque, é sobre um professor que teria abusado de crianças em uma escola no Jardim São Guilherme. Segundo a denúncia, a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) só registrou boletim de ocorrência depois de muita insistência das mães das vítimas.

Representação pública

As inúmeras críticas ao atendimento da DDM e também à atuação do Ministério Público motivaram uma representação, assinada por 39 grupo de mulheres da cidade.

O documento pede uma investigação minuciosa do caso de Aline Queiroga e aponta que “o atendimento da mulher vítima de violência não vem sendo cumprido nesta cidade de forma humanizada e eficaz”.

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