Em 2018, pelo menos 15 mil pais de família faleceram em virtude do câncer de próstata, uma patologia silenciosa que é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil. O dado do Instituto Nacional do Câncer (INCA) expõe uma realidade triste, que, por uma série de fatores, pode continuar a se repetir entre o público masculino.
Por se tratar de uma doença praticamente invisível, uma das principais medidas de prevenção é realizar anualmente o exame de toque e exame de sangue, dois procedimentos combinados e cientificamente comprovadas como forma de diagnosticar o câncer de próstata. O problema, muitas das vezes, reside na percepção preconceituosa sobre o exame de toque e esse estigma precisa ser derrubado.
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) divulgou um novo estudo sobre o cuidado dos homens com relação ao câncer de próstata. De acordo com a associação, pelo menos 55% dos homens acima de 40 anos deixaram de realizar seus exames periódicos em virtude da pandemia. Além disso, a pesquisa mostra ainda que 47% dos homens nunca realizou o exame de toque do reto. O número acende um alerta, uma vez que a projeção de novos casos para 2020, segundo o INCA, é de 65.840.
Quando os especialistas mencionam a doença como silenciosa, fazem alusão ao fato de que esses tumores até podem crescer de forma rápida, mas a maioria apresenta evolução lenta – levando cerca de 15 anos para atingir o tamanho de 1cm³. Desta forma, não apresentam ameaças à saúde masculina por um tempo, porém, podem se espalhar rapidamente, reduzindo as chances de tratamento e levando à morte.
Sinais
Cerca de 75% dos casos ocorrem em homens acima dos 65 anos e apesar de ser considerado um câncer de terceira idade, se atentar aos sintomas pode ser o caminho que irá definir o destino dos homens. Por isso, fique atento aos seguintes sinais:
– Fluxo urinário fraco ou interrompido;
– Vontade de urinar frequentemente à noite (nictúria);
– Sangue na urina ou no sêmen;
– Disfunção erétil;
– Dor no quadril, costas, coxas, ombros ou outros ossos se a doença se disseminou;
– Fraqueza ou dormência nas pernas ou pés.