Suporte médico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é gratuito
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou que o Brasil teria 66.280 novos casos de câncer de mama em 2021. Com a pandemia, esse quadro pode ser até mais grave já que, segundo o Ministério da Saúde, o SUS registrou queda de 20% na procura por exames laboratoriais de diagnóstico. Isso significa, em linhas gerais, que menos pessoas estão procurando por exames como colonoscopia, testes ginecológicos e a mamografia.
O dado se concretiza em um segundo estudo, este realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Câncer de Mama, que aponta que entre janeiro e julho de 2021, a procura por exame de mamografia teve queda de 45% se comparado ao mesmo período de 2020. Como é sabido, a mamografia é essencial para a identificação do câncer.
Diante desses números, é mais do que necessário recordar que a recomendação do INCA, e de especialistas pelo mundo todo, é a mesma: é necessário prevenir para salvar vidas.
Para elas e para eles
A campanha Outubro Rosa, celebrada neste mês internacionalmente, é mote de conscientização à essa doença que, somente no ano de 2019 vitimou mais de 19 mil pessoas, de acordo com o INCA, e a prevenção não deve ficar só para as mulheres.
Apesar da maioria dos casos serem registrados em mamas femininas, os homens representam 1% dos pacientes identificados com câncer de mama. Por vezes existe uma crença que o autoexame não deve ser feito por homens, seja por medo, vergonha ou preconceito.
“Na categoria metalúrgica, que é majoritariamente formada por companheiros, fica a reflexão sobre a importância dos homens também prestarem atenção nos sinais. O autoexame não é uma prática exclusiva das mulheres. Esse exercício de consciência e prevenção deve ser feito também por nós”, reforça o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Leandro Soares.
Autoexame de mamas
Que tal aprender como fazer o autoexame de mamas? O SMetal te dá as orientações de como realizar o procedimento.
| Em frente ao espelho |
Em pé |
Deitada (o) |
| Com os braços relaxados, observe as duas mamas; | Levante seu braço esquerdo e apoie-o sobre a cabeça; | Coloque uma toalha dobrada sob o ombro direito para examinar a mama direita; |
| Coloque as mãos na cintura fazendo força; | Com a mão direita esticada, examine a mama esquerda; | Sinta a mama com movimentos circulares, fazendo uma leve pressão; |
| Coloque as mãos atrás da cabeça e observe o tamanho, posição e forma do mamilo; | Divida o seio em regiões e análise devagar cada uma delas usando os dedos; | Apalpe a metade externa da mama (é mais consistente); |
| Pressione levemente o mamilo e veja se há saída de secreção; | Faça movimentos circulares de cima para baixo; | Depois apalpe as axilas; |
| Repita o procedimento. | Repita os movimentos na outra mama. | Inverta o procedimento para a mama esquerda. |
Procurando ajuda no SUS
Caso identifique algum caroço ou até mesmo aparência suspeita nas mamas, os próximos passos serão de identificação e tratamento. Você sabia que, no Brasil, o SUS fornece todo esse suporte? Em outros países, que não contam com um sistema de saúde gratuito e integrado, esse tratamento pode custar milhões.
O paciente deve ir até a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de casa. Em Sorocaba, por exemplo, existem diversas UBS’s. Ao todo, são 32 unidades localizadas nas zonas sul, oeste, noroeste, norte e leste da cidade.
Sorocaba tem 32 Unidades Básicas de Saúde (UBS), como no bairro São Guilherme
Após se consultar na UBS, o paciente será encaminhado a um ambulatório de especialidades ou hospital, onde deve agendar consulta com um especialista.
O médico deverá solicitar os exames de imagem necessários para a identificação do câncer. No caso da mamografia e/ou outros testes apontarem a presença do câncer, o SUS oferece cirurgia, quimioterapia ou radioterapia que, por lei, devem ser realizadas em até 60 dias após o diagnóstico. Além de acesso gratuito a medicamentos, exames, internações e procedimentos necessários.
