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A luta é coletiva

Campanha Salarial: SMetal promove assembleia de mobilização na Clarios

Nesta segunda-feira, o SMetal deu início à mobilização da categoria para pressionar as bancadas patronais a desistirem de parcelar o reajuste nos salários. Na Clarios, as assembleias aconteceram nos dias 5 e 6 de setembro

Imprensa SMetal
Daniela Gaspari / Imprensa SMetal
Assembleias de mobilização da Campanha Salarial dos trabalhadores da Clarios aconteceram nos dias 5 e 6 de setembro

Assembleias de mobilização da Campanha Salarial dos trabalhadores da Clarios aconteceram nos dias 5 e 6 de setembro

Para pressionar as bancadas patronais a desistirem de parcelar o reajuste, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) deu início, nesta semana, às mobilizações da Campanha Salarial de 2022. Na Clarios, durante assembleias realizadas na segunda e terça-feira, dias 5 e 6, os membros do Comitê Sindical da Empresa (CSE) enfatizaram que a luta é coletiva e pediram empenho dos trabalhadores para garantir valorização salarial para todos os metalúrgicos do Estado de São Paulo.

De acordo com o diretor executivo do SMetal, Antonio Welber Filho (Bizu), com a redução no preço dos combustíveis, a previsão para o mês de agosto é de deflação, como no mês anterior, mas que o índice não reflete a realidade do dia a dia do trabalhador. Em 11 meses, as perdas da categoria com a inflação estão em 9,16% e, nesta sexta-feira, dia 9, será divulgado o INPC que fecha a data-base da categoria.

“Nós não somos contrários à deflação, muito pelo contrário, defendemos a redução nos preços em todos os itens, não somente da gasolina, como o atual governo tem agido de forma eleitoreira. Ou alguém aqui esteve recentemente na prateleira do supermercado e encontrou deflação em produtos essenciais para o dia a dia?”, questionou Bizu.

Ele explicou ainda que, além da possível deflação, no Grupo 2 – no qual a Clarios faz parte – foi oferecido somente o reajuste pelo INPC, parcelado em duas vezes, sendo 60% retroativo a 1º de setembro e outros 40% no salário de janeiro de 2023. Segundo Bizu, todas as bancadas patronais dizem não ter condições de aplicar aumento real.

“Por isso a importância da negociação coletiva, pela nossa Federação. Precisamos garantir a valorização salarial para todos os metalúrgicos e metalúrgicas da categoria, desde os que trabalham em grandes empresas, que possuem organização no local de trabalho, até às micro e pequenas fábricas, que não têm mobilização para lutar por avanços. O que pedimos aos companheiros e companheiras é empenho, mobilização e disposição de luta nos próximos dias”, destacou.

Bizu falou ainda da importância da manutenção das cláusulas sociais da Convenção Coletiva dos Metalúrgicos, última ferramenta de proteção dos direitos da categoria. “Se hoje temos um piso salarial bem acima do salário mínimo, ou até mesmo o direito à estabilidade no emprego aos metalúrgicos que estão em vias de se aposentar, é porque o nosso Sindicato e a Federação têm lutado contra as tentativas do patronal em retirar esses direitos. Seguimos empenhados por um reajuste digno e também pela manutenção da Convenção Coletiva”, assegurou.

Reajuste não é garantido por lei

Nas assembleias com os trabalhadores da Clarios, os dirigentes da antiga Jonhson Controls lembraram ainda que nenhuma lei brasileira determina que os patrões concedam reajuste salarial todos os anos, nem mesmo pela inflação.

“A lei 10.192/2001 deixa muito claro que os reajustes de todas as categorias profissionais não tem obrigatoriedade legal e somente serão concedidas conforme negociação dos respectivos sindicatos. Ou seja, se todos os anos conseguimos bons acordos, que minimamente devolvem o poder de compra aos trabalhadores, é porque temos uma categoria forte e representantes empenhados em sempre buscar avanços”, concluiu.

A Clarios é líder no segmento de tecnologia de baterias de veículos, tem mais de 1200 trabalhadores e fica na Avenida Independência, em Sorocaba.

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