Com o acordo do Grupo 2 (de máquinas e equipamentos elétricos e eletrônicos), fechado na tarde de quarta-feira, 23, cerca de 32 mil trabalhadores da base do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) estão contemplados com reajuste nos salários e renovação das cláusulas sociais asseguradas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Esse número representa 89% de toda a categoria representada pelo SMetal.
Como nos demais grupos já aprovados (G3, G8.2, G8.3, Sindicel e Sindatrar), o reajuste será de 3,80% (3,28% de reposição da inflação pelo INPC mais 0,5% de aumento real), retroativo a 1º de setembro, data-base dos metalúrgicos da CUT. Já a CCT está garantida até 31 de agosto de 2020.
Na base de Sorocaba e região, importantes empresas de Sorocaba e região pertencem à bancada patronal do Grupo 2 e estão contempladas com o acordo: CNH Case, Clarios (antiga Johnson Controls), Flextronics, Metso, ABB, Moura, Emerson Process, entre outras.
Segundo o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM/CUT-SP), Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, as negociações com o Grupo 2 foram difícieis, especialmente no setor de eletro eletroeletrônicos. “Os patrões argumentaram utilizando a decisão do governo Bolsonaro de reduzir o imposto de importação de máquinas e de componentes eletrônicos, alegando que essa política vai causar muita dificuldade ao setor, tentando sempre puxar as negociações pra baixo”, lembrou.
E completou: “esse quadro só se reverteu a partir do momento em que começaram as mobilizações pelo estado”. Uma delas foi realizada no dia 15 de outubro, em Sorocaba, com os trabalhadores da Flextronics.
Segundo o presidente da Federação, a Fundição e a Estamparia, que ainda não fecharam acordo, ficaram de dar um retorno para a Federação até o final desta semana.
Em Sorocaba, o Sindicato convocou uma reunião para esta sexta-feira, 25, às 10h, no SMetal, com representantes de empresas da Fundição para resolver os impasses da Campanha Salarial.
“Se até sexta-feira as bancadas patronais chegarem ao índice de 3,80% retroativos a setembro e a manutenção das cláusulas sociais, os trabalhadores já autorizaram a assinar acordo, como no caso do G3 e G2. Caso contrário, vamos buscar acordos individuais por fábrica”, explicou Silvio Ferreira, secretário-geral do SMetal.
Negociações por empresas no Grupo 10
Já no Grupo 10 – que é formado predominantemente por pequenas e micro empresas e não assina Convenção Coletiva de Trabalho há mais de três anos – o Sindicato tem negociado por empresa e já possui 51 acordos firmados, entre eles, na metalúrgica Atlanta, em Sorocaba, aprovado nesta semana pelos trabalhadores da fabrica.