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Campanha Salarial: FEM/CUT protocola aviso de greve no G8.2 e G10

O documento foi protocolado nesta quinta-feira, dia 1. O G8.2 apresentou uma proposta de zero reajuste nos salários, que foi rejeitada; o G10 sequer negociou e o SMetal tem firmado acordos por fábrica

Imprensa SMetal
Divulgação
Comunicado de greve foi protocolado nesta quinta-feira, dia 1, nos grupos patronais

Comunicado de greve foi protocolado nesta quinta-feira, dia 1, nos grupos patronais

A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM/CUT-SP) protocolou na tarde desta quinta-feira, dia 1º de outubro, comunicados de greve nos grupos G8.2, composto pelo Sicetel (trefilação e laminação de metais ferrosos) e Siescomet (esquadrias e construções metálicas), e no G10 (formado predominantemente por pequenas e micro empresas).

A ação segue o critério aprovado pelos metalúrgicos de Sorocaba e Região em assembleia eletrônica realizada entre os dias 28 e 30 de setembro, no Portal SMetal. Na votação, os trabalhadores deliberaram que, caso os grupos patronais não apresentassem proposta de reajuste salarial de 2,94% (INCP) e renovação das cláusulas sociais, a FEM e o SMetal poderiam protocolar o comunicado.

De acordo com o secretário de finanças da FEM/CUT, Adilson Faustino (Carpinha), que também é dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), a intenção da Federação é pressionar para que o G8.2 e o G10 apresentem alguma proposta dentro dos parâmetros aprovado pelos trabalhadores.

“O G10, desde que começamos a negociar a data-base 2020, sequer apresentou uma proposta aos trabalhadores, por isso o Sindicato está negociando por empresa. Já os representantes do G8.2 se negam a oferecer qualquer índice de reajuste nos salários e no piso. Isso é um insulto aos metalúrgicos e metalúrgicas, por isso decidimos enviar o aviso de greve assim que aprovado nas assembleias da categoria”, critica.

No Sindratar (refrigeração, aquecimento e tratamento de ar) e na Estamparia, apesar não terem chegado a uma proposta que atenda às reivindicações da categoria, as negociações continuam.

“Desde o começo das discussões, nos mantivemos abertos ao diálogo para chegamos à melhor proposta possível para o momento. O que não podemos aceitar é que os trabalhadores paguem o pato da atual crise causada pelo desgoverno Bolsonaro, que não se preocupa com o emprego e a renda dos brasileiros em plena pandemia”.

Propostas aprovadas

Os metalúrgicos do G2 (máquinas, equipamentos elétricos e eletroeletrônicos), G3 (autopeças, peças, parafusos e forjarias), Fundição e G8.3 – composto pelo Sinafer (ferros, metais e ferramentas), Siamfesp (artefatos de metais não ferrosos) e Simefre (equipamentos ferroviários e rodoviários) estão contemplados com acordos da Campanha Salarial 2020.

No G2, G3 e Fundição, a proposta aprovada foi de 2,94% de reajuste nos salários e nos pisos, a partir de 1º de setembro, e renovação das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) por dois anos.

Já no Grupo 8.3, os trabalhadores também conquistaram 2,94% de reajuste dos salários e nos pisos, porém, as cláusulas sociais terão vigência de um ano. No grupo 10, até a manhã desta quinta-feira, 1, o SMetal havia firmado 32 acordos coletivos por fabrica.

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