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Representação

Brasil volta a ter cadeira de representação no Comitê Europeu da ZF

Dirigente de Sorocaba representou a CNM/CUT em encontro da empresa alemã no início de novembro

CNM/CUT
Divulgação

Hoje a ZF possui 8 unidades no país, todas no estado de São Paulo.

Entre os dias 5 e 7 de novembro, a CNM/CUT esteve representada na Reunião do Conselho Europeu da ZF, na Alemanha. O coordenador do Comitê Sindical de Empresa (CSE) da unidade da ZF de Sorocaba (SP), Fábio Rossy (Fabinho), foi o único brasileiro presente no encontro que reuniu sindicalistas de toda a Europa, além de membros da diretoria da empresa alemã.

A ZF produz peças para veículos no Brasil desde a década de 50, quando chegou aqui junto com diversas montadoras estrangeiras no início da expansão da indústria automotiva em território nacional. Hoje a multinacional alemã possui 8 unidades no país, todas no estado de São Paulo.

Segundo Fabinho, a reunião marcou a volta do Brasil ao Comitê Europeu da ZF, que tinha uma cadeira reservada ao país até 2017. A IndustriALL Global Union e o IG Metall, maior sindicato alemão metalúrgico, referendar a volta da cadeira brasileira.

“Nosso objetivo na Alemanha era participar desses três dias de congressos, onde houveram conversas muito intensas com lideranças sindicais de toda a Europa. O Brasil era o único país de fora do continente que estava representado por lá”, explicou o dirigente.

No primeiro dia de reunião, o objetivo foi traçar qual o tipo de enfrentamento que seria feito com a direção da ZF a respeito das notícias de dificuldades financeiras e ameaças de demissão de trabalhadores nas unidades espalhadas pelo mundo nos próximos anos.

“A empresa também foi convocada para participar do encontro e então traçamos algumas perguntas para a direção da empresa, para entender o cenário dela. Existem rumores de que a ZF pretende demitir até 2028 cerca de 14 mil trabalhadores em todo o mundo e nós queremos saber com mais detalhes o que realmente está acontecendo na administração da empresa. Então nós pautamos eles, convocamos a ZF a participar das reuniões lideradas pela IndustriALL e pelo IG Metall”, disse Fabinho.

Além dos questionamentos feitos à diretoria da fábrica, os participantes do encontro assinaram uma carta compromisso em solidariedade com os companheiros e companheiras da ZF na matriz alemã e unificando a luta dos trabalhadores em defesa de empregos e direitos.

“Foi importante vir à Europa para saber não só da situação da ZF, mas conhecer também a realidade de outras fábricas alemãs que possuem planta em Sorocaba, como a Schaeffler, a Bosch. Temos sempre que estar atentos ao que acontece com essas empresas para entender e saber agir de maneira mais eficaz no Brasil”, finalizou o dirigente.

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