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Emprego Formal

“Brasil reverteu escala global de desemprego”, aponta Banco Mundial

O Brasil e a China conseguiram a reverter essa situação generalizada de desemprego, que cortou 100 milhões de vagas em todo o mundo. É o que aponta estudo feito pelo Banco Mundial

FEM-CUT/SP
Raquel Camargo/FEM-CUT/SP

Este ano o Brasil gerou mais de cinco milhões de empregos formais

Apesar do “aumento das desigualdades salariais e de rendimentos em muitos países do G20”, o Brasil e a China conseguiram a reverter essa situação generalizada de desemprego, que cortou 100 milhões de vagas em todo o mundo. É o que aponta estudo feito pelo Banco Mundial.

A divulgação, feita antes do encontro de ministros do Trabalho e do Emprego do G20 que acontece nos dias 10 e 11 de setembro, na Austrália, vai ao encontro do que diz a presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, e sua equipe econômica. “Nós enfrentamos a crise pela primeira vez não desempregando, não arrochando, não aumentando tributos. Pelo contrário, reduzimos e desoneramos a folha, nós reduzimos tributos da cesta básica”, disse Dilma que, só este ano, gerou mais de 5 milhões de emprego formais.

Crise internacional

Enquanto candidatos da oposição como Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) e parte da grande imprensa afirmam que não existe crise internacional e que o problema é do governo Dilma, o documento do Banco Mundial adverte que o mundo enfrenta uma crise de emprego generalizada que ameaça as perspectivas de uma retomada do crescimento econômico e nenhum truque de mágica pode resolver o problema. A entidade diz ainda que será preciso criar 600 milhões de novos postos de trabalho em todo o mundo até 2030 apenas para lidar com o aumento da população.

Nigel Twose, chefe da delegação do Banco Mundial na reunião do G20, disse em comunicado que “não há dúvidas de que há uma crise de emprego generalizada” e que “os países do G20 necessitam de mais e melhores empregos para um crescimento sustentável e para o bem-estar das suas populações”.

Twose diz que é “igualmente perturbador” o fato de haver um “aumento das desigualdades salariais e de rendimentos em muitos países do G20” e cita o Brasil e a China como um dos únicos a reverter essa situação dizendo que o país teve um melhor desempenho do que os países desenvolvidos do G20.

De acordo com o documento assinado também pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, mais de 100 milhões de pessoas estão desempregadas nos países do G20, enquanto 447 milhões são categorizados como “trabalhadores pobres”, vivendo com menos de US$ 2 dólares por dia.

O Banco Mundial ressalta que, apesar da modesta recuperação econômica em 2013-2014, o crescimento global deve manter-se abaixo da tendência, com quedas previstas num futuro próximo, enquanto os fracos mercados laborais forem restringindo o consumo e o investimento.

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