Em um ano, 28 produtos dos 34 que compõem a cesta básica sorocabana ficaram mais caros. De acordo com levantamento da Universidade de Sorocaba (Uniso), a batata lidera a lista dos aumentos de preço. Em junho de 2021, um quilo de batata era vendido a R$ 3,44. Em junho de 2022 o valor saltou para R$ 6,81, um aumento de 97,97%.
O aumento no preço do quilo de cebola também foi significativo em 12 meses, saindo de R$ 10,41 (junho de 2021) para R$ 18,65 (junho de 2022), o que representa 79,15% a mais pagos pelos sorocabanos.
O extrato de tomate (40,37%), o sabonete (39,71%) e o leite longa vida (34,10%) completam a lista dos produtos que mais subiram de preço em um ano. Já o arroz (-15,63%), o alho (-14,03%), a frango (-9,99%), o vinagre (-5,90%) e a farinha de mandioca (-2,36%) tiveram redução nos valores no mesmo período.
Considerando os seis primeiros meses deste ano, 24 produtos dos 34 que compõem a cesta básica sorocabana custam mais. A batata (64,39%), a cebola (48,26%), o leite longa vida (38,50%), o feijão (31,28%) e o alho (22,46%) foram os produtos que apresentaram o maior crescimento percentual para o período.
Na outra ponta, os produtos que tiveram a maior queda percentual de preço nos seis primeiros meses de 2022 foram: o frango (-21,48%), a linguiça fresca (-5,87%), o extrato de tomate (-4,84%), o creme dental (-4,61%) e o vinagre (-1,64%).
Cesta básica
Ao todo, o valor da cesta básica sorocabana passou de R$ 872 para R$ 1.087, o que representa crescimento de 24,71% de janeiro a junho deste ano. Em um ano, o aumento do preço da cesta foi de 14,42%, ou seja, em junho de 2021 o consumidor levava os mesmos 34 itens pesquisados por R$ 137 a menos. Os números mostram que, atualmente, o sorocabano gasta 89,73% de um salário mínimo (R$1.212) apenas na compra de itens básicos para alimentação, higiene e limpeza.
Campanha Salarial 2022
Alta nos preços de alimentos, dos produtos básicos de higiene e limpeza pesa no bolso dos trabalhadores. Em 10 meses (de setembro de 2021 a junho de 2022), a data-base dos metalúrgicos já acumula perdas de 9,82% com a inflação. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o resultado é o maior para o período dos últimos 18 anos.
O presidente interino do SMetal, Silvio Ferreira, destaca que é preciso buscar a valorização dos metalúrgicos. “Quando falamos em 9,82% de data-base até o momento não damos o real tamanho da situação. Com a inflação fora de controle e com a falta de medidas efetivas do governo Bolsonaro para cuidar da economia, tudo fica mais caro e quem paga o preço é a classe trabalhadora. Por isso, é fundamental a ampla mobilização da categoria para buscarmos um reajuste salarial digno do trabalho que os metalúrgicos desempenham”.