As bandas formadas durante o Liberda Rock Camp Brasil se apresentam neste sábado, 13, no Asteroid Bar, a partir das 19h. O acampamento, que iniciou no sábado, 6, encerra nesta sexta-feira, 12, e foi realizado na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal).
As apresentações contam com dez bandas, formadas por mulheres trans e cisgênero, homens transgênero e pessoas não binárias, maiores de 21 anos, que se encontraram e ensaiaram ao longo da última semana.
Os shows são abertos ao público e os ingressos estarão disponíveis na entrada, mediante pagamento.
A coordenadora pedagógica, diretora e fundadora do Girls Rock Camp Brasil, Flávia Biggs, ressalta que o projeto não impacta somente as pessoas que participam, mas toda a comunidade, ao fomentar o empoderamento por meio da música. Para ela, o mais importante desta atividade são as amizades que se formam.
“O Sindicato abriu as portas com toda a estrutura necessária, de forma acolhedora, para desenvolvermos as atividades da melhor forma possível. Estamos empolgadas em mostrar o resultado do acampamento”, relata. Em 2019, o evento também aconteceu na sede da entidade.
Outro apoio recebido para a realização do acampamento foi do Banco de Alimentos de Sorocaba (BAS), que ajudou com itens de mercearia.
O Asteroid Bar fica na Rua Aparecida, 737, na Vila Santana.
Sobre o Girls Rock Camp
Organizado desde 2013 em Sorocaba, o Girls Rock Camp Brasil foi pioneiro na América do Sul e já reuniu mais de 1.500 meninas e mulheres. O objetivo da iniciativa é promover o empoderamento feminista, por meio da música, e acontece duas vezes por ano: um que é voltado para pessoas de 7 a 17 anos e outro, como é o caso desta semana, voltado para pessoas maiores de 21 anos, o Liberta Girls Rock Camp.
Flávia, que toca guitarra em uma banda, conta que se apaixonou pelo projeto, quando o conheceu nos Estados Unidos da América (EUA) e decidiu replicá-lo no Brasil. “É uma experiência transformadora e potente”.
O acampamento é organizado por voluntárias e não possui fins lucrativos. É por isso que Flávia valoriza muito o que ela chama de “rede muito forte com o objetivo de transformação social” e convida “todas as pessoas que sentirem vontade de ajudar de alguma forma, seja com a sua força de trabalho, com suas ideias, ou mesmo com doações de instrumentos musicais, ou outros materiais”.
Durante uma semana, as participantes se encontram durante um período para aprender a tocar instrumentos e formar bandas e, assim, descobrem novas habilidades.
Leia mais: Rock e política se misturam? Confira depoimento de metalúrgico
Dia Mundial do Rock
Os shows coincidem com o Dia Mundial do Rock, comemorado no Brasil neste sábado, 13. A data faz alusão ao ‘Live Aid’, evento beneficente realizado em 1985 em prol do combate à fome na Etiópia, um dos maiores eventos do gênero da história.
Para Flávia, a data também é de reflexão. “O rock, infelizmente, ainda é um gênero muito masculino, então acho que seja o momento de lembrar o papel das mulheres nesse cenário”, finaliza.