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30 de junho

Atos em Sorocaba pediram união popular contra as reformas

O auge foi a concentração no Centro. Transporte parou totalmente de manhã; comércio, serviços e indústria pararam parcialmente. Como previsto pela organização, os protestos na cidade terminaram às 13h

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Segundo a organização, mil pessoas participaram das manifestações no centro que, além de concentração na Praça, teve passeata pelas ruas da região

Segundo a organização, mil pessoas participaram das manifestações no centro que, além de concentração na Praça, teve passeata pelas ruas da região

Terminou às 13h, na Praça Coronel Fernando Prestes, região central de Sorocaba, a série de protestos, contra as reformas Trabalhista e Previdenciária, que marcaram a manhã da cidade nesta sexta-feira, dia 30. Transporte coletivo, comércio, serviços e setores da indústria pararam suas atividades durante várias horas. Para encerrar o ato, os manifestantes se reuniram no centro, onde houve discursos de lideranças e apresentações culturais.

A organização do ato, formada por integrantes de sindicatos de diversas centrais sindicais, da Frente Brasil Popular e outros movimentos sociais, estima que mil pessoas participaram das manifestações no centro que, além de concentração na Praça, incluiu também uma passeata pelas principais ruas da região.

As atrações culturais ficaram por conta da banda Terceira Casa, com alunos da UFSCar, e a batucada do Levante Popular da Juventude.

Houve também uma concentração, principalmente de jovens, a partir das 8h30, na Avenida Itavuvu, Zona Norte, na altura do bairro Maria Eugênia. Esses manifestantes vieram a pé da Zona Norte para se juntar ao protesto no Centro. Chegaram por volta do meio-dia.

O transporte coletivo, incluindo ônibus urbanos, fretados e transporte de cargas, ficou parado das 0h até às 13h.

Fábricas metalúrgicas

No setor metalúrgico, cerca de 60% da categoria em Sorocaba não foi para o trabalho nas primeiras horas da manhã. A categoria na região é formada por 37 mil trabalhadores, sendo mais de 31 mil em Sorocaba. Na chamada nova zona industrial, que envolve a Toyota e suas fornecedoras, a adesão chegou perto de 100%, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos (SMetal).

O SMetal destaca, porém, que recebeu denúncias sobre várias formas de pressão exercidas por algumas empresas do setor para que os funcionários chegassem ao trabalho a qualquer custo. “Há relatos de chefes que ligaram para trabalhadores e exigiram que organizassem ‘caronas solidárias’ com seus carros particulares, que chamassem Uber para ir até a fábrica, entre outras formas de assédio”, conta Silvio Ferreira, secretário-geral do Sindicato.

A direção do SMetal vai apurar as denúncias e tomar providências em casos comprovados de pressão e assédio.

Além dos metalúrgicos, participaram dos atos os sindicatos dos rodoviários, vestuário, hoteleiros, químicos, papel e papelão, comércio, bancários, vigilantes, professores, entre outros.

Normalização às 14h

Por volta das 14h todos os setores de transporte, comércio, serviços e indústrias já estavam com suas atividades normalizadas.

A mobilização de hoje em Sorocaba teve caráter nacional e foi convocada pelas centrais sindicais CUT, CGTB, CSB, Conlutas, CTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT, além da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo.

Houve protestos, passeatas, atos públicos e greves em dezenas de cidades brasileiras.

Em todas as manifestações a mensagem principal foi a necessidade de união popular para pressionar deputados e senadores a arquivarem as propostas do governo Temer de Reforma Trabalhista e Previdenciária.

Confirma a galeria com imagens dos atos contra as reformas aqui.

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