Dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região estiveram na Honisul Aramados, em Sorocaba, na manhã desta terça-feira, dia 18, conversando com os trabalhadores sobre possíveis irregularidades na empresa. Durante a assembleia, o SMetal falou ainda sobre os riscos da Medida Provisória nº 905/2019 – Programa Verde Amarelo.
Segundo o dirigente sindical Alessandro Marcelo, o Sindicato vem recebendo denúncias sobre falta de equipamentos de segurança e de uniformes, entre outras questões. “Decidimos então checar com os trabalhadores e também conversar com a empresa sobre as condições no local de trabalho”, conta.
Logo após a assembleia, o Sindicato preparou uma pauta para ser protocolada na Honisul solicitando reunião para debater três temas prioritários: instalação de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA); regularização do Equipamento de Proteção Individual (EPI) e melhoria nos uniformes.
“É obrigação da empresa fornecer equipamentos de segurança e buscar por medidas que garantam a integridade física e psicológica dos funcionários. Retomar a CIPA será um passo muito importante”, afirmou Marcelo.
Os dirigentes reforçaram ainda a importância do metalúrgico e da metalúrgica denunciarem qualquer irregularidade na empresa em que trabalham. A denúncia pode ser feita a um membro do CSE; pessoalmente na sede do SMetal; pelo telefone no (15) 3334-5400; ou pelo Portal SMetal, no campo “Denuncie”.
A Honisul fabrica aramados, tem cerca de 40 trabalhadores e fica no parque Campolim, em Sorocaba.
Contratação Verde Amarela
Durante a assembleia nesta terça-feira, 18, os dirigentes do SMetal alertaram sobre os riscos da Carteira Verde Amarela e distribuíram uma cartilha que explica todos os direitos que os trabalhadores podem perder se a MP for aprovada no Congresso Nacional.
“As reformas Trabalhista e Previdenciária já vem prejudicando muito o trabalhador, agora nos deparamos com essa carteira que cria uma modalidade de contratação sem direitos da CLT e da convenção coletiva”, criticou o secretário de Organização do SMetal, Izidio de Brito.
E completou: “o Sindicato não é contra a criação de vagas a partir de políticas de primeiro emprego, elas já existem, o perigo é abrir brechas para que o patrão possa substituir a mão de obra celetista por uma sem direitos. Por isso a nossa luta agora é para barrar mais esse ataque às leis que protegem o trabalhador e garantem salários e condições de trabalho dignos”.
Com a MP, a empresa vai poder contratar com redução do percentual depositado no FGTS e do adicional de periculosidade, parcelamento das férias e do saldo do Fundo de Garantia; entre outros retrocessos.