Trabalhadores da Martins e Martins, autopeças instalada em Araçariguama, participaram na tarde desta sexta-feira dia 29, de uma assembleia para se informarem sobre os rumores de demissão em massa anunciados pela empresa no início da semana.
A assembleia, que durou cerca de 40 minutos, foi liderada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região e foi realizada com os trabalhadores dos dois turnos. A Martins e Martins tem 375 funcionários.
Na terça-feira, dia 26, a direção do Sindicato dos Metalúrgicos foi procurada pela Martins e informada sobre a intenção de demitir 57 trabalhadores até a última quinta, dia 28. A empresa também anunciou que planeja dispensar mais cem funcionários até o dia 23 de dezembro. “Até essa sexta, nenhum trabalhador havia sido demitido, mas o Sindicato acompanha o caso com preocupação”, afirma Gilberto Almeida Silva, diretor do Sindicato.
Segundo Gilberto, a Martins alega que as demissões são “necessárias” porque a Volkswagen de São Bernardo, principal cliente da empresa, está deixando de produzir os modelos Gol e Kombi. “Uma das nossas preocupações é a de que a empresa, alegando dificuldades financeiras, tente parcelar o pagamento da rescisão desses trabalhadores que, eventualmente, forem demitidos. O Sindicato não vai aceitar esse tipo de atitude”, enfatiza.
Os diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região já fizeram contato com os dirigentes do Sindicato do ABC, onde a fábrica da Volkswagen está instalada. “Queremos saber, primeiramente, se as informações são verdadeiras e, se isso se confirmar, pedir a solidariedade dos companheiros de São Bernardo, para que a montadora também assuma suas responsabilidades”, avalia Gilberto.
Plenária no Sindicato
No dia 8 de dezembro, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos em Araça, será realizada uma plenária com os trabalhadores da Martins e Martins a partir das 10h. “Além de avaliar os rumores de demissão, os trabalhadores receberão orientação do departamento jurídico do Sindicato, para que nenhum direito trabalhista seja violado. A participação de todos os trabalhadores é fundamental”, finaliza o sindicalista.
