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Campanha Salarial

Assembleia aprova acordos em dois grupos e greve nos demais

O presidente do SMetal, Ademilson Terto, afirma que, mesmo nos grupos com acordos aprovados, pautas específicas por fábrica podem ser formuladas

Imprensa SMetal
Foguinho / Imprensa SMetal

Terto aponta que, sem união e mobilização dos trabalhadores, o perigo é não conseguir reajuste

Uma assembleia de trabalhadores no Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) aprovou, na noite de sexta-feira, dia 14, propostas do Grupo 2 e da Estamparia para a campanha salarial deste ano.

No caso dos grupos 3, 8, 10 e Fundição, os trabalhadores decidiram pela greve, uma vez que as bancadas patronais não apresentaram propostas que chegassem à reposição da inflação nos salários pelo INPC (9,62%).

De acordo com o secretário-geral da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM), Adilson Faustino (Carpinha), que também é dirigente do SMetal Sorocaba, esse é o índice mínimo exigido nas negociações. “Nossa diretriz é não aceitar nenhum valor abaixo dos 9,62%, que é a reposição das perdas que o trabalhador teve de setembro de 2015 a agosto de 2016”.

O presidente do SMetal, Ademilson Terto, afirma que, mesmo nos grupos com acordos aprovados, pautas específicas por fábrica podem ser formuladas. “Nas empresas em que a situação estiver melhor, nós vamos buscar algo além do 9,62%. Vamos batalhar por mais conquistas”.

Terto também ressalta que, sem união e mobilização dos trabalhadores, o perigo é não conseguir reajuste e ainda haver retrocesso nos direitos da Convenção Coletiva.

PROPOSTAS APROVADAS

GRUPO 2 (máquinas e eletrônicos)
6,62% (1º de setembro) e
3% (fevereiro 2017, sobre o salário de setembro de 2016)
*Ficou garantido também o INPC 2016 nos casos de férias, décimo terceiro e rescisão de contrato.

Estamparia
6,5% (1º de setembro) e
2,93% (fevereiro)

PROPOSTAS RECUSADAS

GRUPO 3 (auto peças, forjaria e parafusos)
8% (1º de setembro).
* A primeira proposta apresentada pelo grupo foi de 5%, depois passou para 7% e chegou nos 8% atuais.

GRUPO 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração, equipamentos ferroviários e rodoviários)
6% (1º de setembro).
* Na primeira proposta, o grupo ofereceu reajuste de 5%. Depois, aumentou para 6%. No avanço das negociações, manteve os 6%, a partir de 1º de setembro e 2,5% para fevereiro. No entanto, os 2,5% foram retirados e a única proposta é de 6%.

GRUPO 10 (lâmpadas, equipamento odontológicos, iluminação e material bélico)

Não apresentou nenhuma proposta econômica.

FUNDIÇÃO
5% (1º de setembro) e 4% (fevereiro).
* As empresas de Fundição afirmaram que pretendem garantir o INPC, mas até o momento não apresentaram nenhuma proposta oficial.

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