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Após demissões, trabalhadores da Nipro retomam greve

Negociações nesta terça terminaram sem acordo; nas quarta de manhã haverá nova assembleia

Imprensa/Smetal
Foguinho/Imprensa Smetal
Novamente, forte aparato policial foi mobilizado para conter manifestação trabalhista na zona industrial de Sorocaba

Novamente, forte aparato policial foi mobilizado para conter manifestação trabalhista na zona industrial de Sorocaba

Após a Nipro demitir 30 funcionários na tarde de ontem (21), os trabalhadores do primeiro e segundo turnos da Nipro retomaram nesta terça-feira, dia 22, uma greve que haviam encerrado pouco antes da empresa efetuar as dispensas. Sindicato dos Metalúrgicos e Nipro tiveram uma rodada de negociações ainda na terça, mas não houve acordo.

A paralisação na Nipro começou no último dia 17. Os trabalhadores reivindicavam aumento no piso salarial, melhoria no transporte e programa de participação nos resultados (PPR). Na manhã de segunda-feira, dia 21, após assembleia sindical, os trabalhadores concordaram em voltar ao trabalho na expectativa de que a empresa continuasse negociando as melhorias com o Sindicato.

Na tarde do mesmo dia, após a entrada do segundo turno, às 14h, a empresa anunciou a demissão de 30 funcionários e um número não informado de trabalhadores contratados por agência. O Sindicato emitiu nota à imprensa repudiando a atitude da Nipro, que classificou como “desleal e arbitrária”.

Na manhã de hoje (22), os trabalhadores decidiram retomar a greve em solidariedade aos demitidos e por não acreditarem que a empresa vá negociar as reivindicações. “A empresa já quebrou a palavra empenhada nas negociações ao efetuar demissões. Como é que os trabalhadores vão acreditar na Nipro agora?”, questiona Valdeci Henrique da Silva, diretor do Sindicato.

Proposta
Nas negociações de hoje a tarde a empresa propôs ceder três meses de cesta básica e três meses de convênio médico aos demitidos. Mas a direção da Nipro não concordou em garantir que não haverá novas represálias contra trabalhadores. “Além de benefícios aos demitidos, queremos garantia de emprego aos demais trabalhadores”, defende Marcos Roberto Coelho, diretor do Sindicato.

A Nipro produz instrumentos médicos e empregava cerca de 350 trabalhadores antes das demissões. A fábrica fica às margens da rodovia José Ermírio de Moraes (Castelinho), em Sorocaba.

Na manhã desta quarta-feira, por volta das 7h, o Sindicato realizará nova assembleia com os trabalhadores para avaliar o movimento. A expectativa dos sindicalistas é que a empresa retome negociações ainda na noite de hoje (22).

Demitidos pela Nipro na última segunda-feira sentem-se injustiçados pela empresa e se emocionam na porta da fábrica

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