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Apenas 27% querem a privatização da Petrobras. FUP comemora

A maioria (57%) é contra a venda. “Mostra a relevância da luta dos petroleiros e da mobilização da sociedade civil contra a privatização e em defesa do patrimônio público”, ressaltou representante da categoria

Redação RBA
SINDIPETRO/MG

Anteriormente, em abril de 2022, a pesquisa registrou o maior percentual a favor da privatização (33%).

Pesquisa PoderData divulgada na quinta-feira, 1º de fevereiro, mostra que apenas 27% dos brasileiros são favoráveis à privatização da Petrobras. Para a maioria (57%), o governo não deve vender a maior estatal brasileira. Outros 16% não souberam opinar.

A rejeição à privatização caiu dois pontos, dentro da margem de erro – de três pontos percentuais –, em comparação com janeiro de 2023, quando 59% eram contrários à venda da Petrobras. Os que se dizem a favor eram 24% no último levantamento, e também oscilaram dentro da margem de erro. Anteriormente, em abril de 2022, a pesquisa registrou o maior percentual a favor da privatização (33%).

Nesse sentido, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados comemoram o resultado do levantamento. “Pesquisa importante e oportuna, com resultado muito positivo que mostra a relevância da luta dos petroleiros e da mobilização da sociedade civil contra a privatização e em defesa do patrimônio público”, destacou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, em nota.

O PoderData realizou a pesquisa entre 27 e 29 de janeiro, pouco mais de uma semana depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva participar da retomada das obras de ampliação da Refinaria de Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. A unidade começou a operar de forma parcial em 2014, mas a Petrobras interrompeu as obras em consequência da Operação Lava Jato, que bloqueou investimentos no país.

Além disso, o governo Bolsonaro chegou a incluir a Rnest, a mais moderna refinaria do país, na lista de privatizações. Lula, no entanto, reviu essa decisão, acabando com a intenção de privatizar as unidades de refino da Petrobras.

Porém, duas grandes refinarias foram privatizadas no governo anterior – a Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, e a do Amazonas (Reman). Além disso, Bolsonaro conseguiu vender outras unidades de refino especializadas.

Contra as privatizações

“Houve muita luta, principalmente dos trabalhadores e trabalhadoras, que fizeram atos, paralisações e a segunda maior greve da história dos petroleiros, em fevereiro de 2020, quando a categoria ocupou a sede da Petrobras e paralisou as atividades em todo o Brasil por 21 dias”, lembra Bacelar.

“É motivo de nós, trabalhadores, comemorarmos a percepção da sociedade brasileira de que a Petrobras deve ficar sob o controle do Estado”, disse o dirigente da FUP. Ele lembra que há outras refinarias do país que precisam voltar ao controle da Petrobras. Assim, além da Rlam e da Reman, ele citou a Refinaria Clara Camarão (RN) e a SIX (PR), que Bolsonaro privatizou. Mencionou ainda a Lubnor (CE), que também estava na mira da privatização, mas a Petrobras desistiu da venda no ano passado.

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