A ampliação da Licença Maternidade de 120 para 180 dias e a valorização nos pisos salariais foram os principais temas debatidos na 1ª rodada de negociação da Campanha Salarial entre a FEM-CUT/SP e a bancada patronal do Grupo 8 (que reúne os setores de trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros). A reunião aconteceu na quinta, dia 16, na sede do Sicetel, na FIESP.
O presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques, (Biro Biro), coordenador da bancada dos trabalhadores, enfatizou que na Campanha de 2011 a Federação conquistou uma cláusula de recomendação sobre o tema na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). “Conquistamos este direito nas Montadoras, nos Grupos 2, 3 e na Fundição. No G8 como é uma recomendação, as empresas não são obrigadas a cumprir”, explica.
A FEM ainda não conquistou este importante direito no Grupo 10 (reúne os sindicatos patronais dos setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros).
Estão em Campanha nestes setores do G8 36 mil metalúrgicos em todo o Estado e a data-base é 1º de setembro.
Pisos
Biro Biro destacou a importância de a bancada do G8 valorizar os pisos da categoria. “Nestes setores, temos três pisos. A nossa proposta é unificá-los seguindo o maior”, salientou. O presidente da Federação ainda reforçou que valorizar os pisos é fundamental para combater a alta rotatividade. “Segundo estudo do Dieese da FEM, a rotatividade nas empresas do G8 é de 42%”, comenta.
Próximas rodadas
O coordenador da bancada patronal do G8, Valdemar Andrade, disse que avaliará as reivindicações da FEM e se posicionará na próxima rodada, agendada para o dia 23, às 14h, na sede do Sicetel, na FIESP.
Na semana que vem, na terça, dia 21, a Federação continuará a negociação da Campanha Salarial com a bancada do G3 (que reúne os setores de autopeças, forjaria e parafusos). Na parte da tarde, iniciará as rodadas com as bancadas patronais do Grupo 10 e Fundição.
Principais reivindicações da FEM-CUT/SP
Reposição integral da inflação no período da data-base da categoria (1º de setembro);
Aumento real no salário;
Valorização nos pisos salariais;
Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução no salário;
Abono Salarial;
Ampliação da licença maternidade de 120 para 180 dias;
Seguro de vida em grupo.