Trinta e dois estudantes do curso de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sob a coordenação do professor Rafael Straforini, visitaram a sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba na última quarta-feira, dia 15, para pesquisar a história da entidade e suas formas de atuação trabalhista e social.
A pesquisa de campo, da disciplina Geografia Regional, busca descobrir o porquê da “desconcentração” da indústria paulista e o nascimento dos diversos pólos industriais, inclusive no interior do estado.
No Sindicato em Sorocaba, professos e alunos assistiram a palestras e fizeram perguntas a sindicalistas sobre a história do movimento operário em Sorocaba, as relações capital-trabalho desde os anos 70 até hoje e sobre o envolvimento da entidade em questões sociais (Sindicato Cidadão).
As atividades direcionadas ao grupo da UFRJ, que aconteceu na tarde de quarta-feira, foram coordenadas por Alex Sandro Camargo, diretor administrativo e de formação do Sindicato; e contou com a participação do atual presidente da entidade, Ademilson Terto da Silva, e de três ex-presidentes: Geraldo Titotto Filho, Carlos Roberto de Gáspari e Izídio de Brito Correia.
Antes das atividades do Sindicato, que aconteceram no período da tarde, alunos e professor visitaram a distribuidora de peças da GM, na zona industrial de Sorocaba.
Nos primeiros dias desta semana o grupo também visitou o pólo tecnológico de São José dos Campos, indústrias em São Paulo e na região do ABC. Para esta quinta, 16, os alunos programaram uma visita ao parque tecnológico de Campinas.
Avaliação
Para o professor Straforini, a visita ao Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba comprovou o “fortalecimento da relação entre o movimento sindical e as conquistas trabalhistas”. Ele também destacou a “importância do Sindicato para a promoção do desenvolvimento social na região”.
Straforini ressalta que esse tipo de trabalho de campo realizado pelos estudantes de Geografia só é possível porque a universidade pública (no caso, a UFRJ) investe em pesquisa.
“Trabalhamos articulados com os cursos de geografia política, geografia humana, etc. Por reconhecer a importância do estudo, o governo federal financia a pesquisa, por meio da UFRJ. Os alunos inclusive recebem ajuda de custo para realizar o trabalho de campo”, explica o professor.