A partir da esq.: Max Pinho (sec. geral FEM/CUT), Erick Silva (presid. FEM/CUT), Leandro Soares (SMetal) e Adilson Faustino (sec. finanças FEM/CUT)
Foi assinado na tarde desta quarta-feira, dia 20, pela Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM/CUT-SP) e o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), o aditamento à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) do Grupo 2, que representa os sindicatos patronais de máquinas, equipamentos elétricos e eletroeletrônicos.
Trata-se de um aditamento pois, na Campanha Salarial de 2020, as cláusulas sociais da CCT foram renovadas por dois anos e têm vigência até 2022. Na data-base deste ano foram negociadas então apenas as questões econômicas, como reajuste dos salários e do piso, e o acrescimento de cláusulas como a que prioriza a contratação de pessoas vacinadas nas empresas do setor metalúrgico.
O Grupo 2 é composto pelos sindicatos patronais Sindimaq (máquinas e equipamentos) e Sinaees (aparelhos elétricos e eletrônicos) e representa empresas como ABB, Clarios, CNH, Flextronics, JCB, Metso, entre outros. A proposta aprovada foi de reajuste de 10,42%, em uma única parcela, a partir de 1º de setembro, e CCT até 2022.
Participaram da assinatura do documento com o G2 os presidentes da FEM-CUT, Érick Silva, e do SMetal, Leandro Soares, além dos secretários geral e de finanças da FEM/CUT, Max Pinho e Adilson Faustino, respectivamente.
Leandro destaca a importância dos trabalhadores terem consciência de que o caminho para conquistar essas propostas não foi nada fácil. “A todo momento sofremos pressão das bancadas patronais, especialmente do Grupo 2, que insistia em parcelar a inflação em três vezes. Os patrões estão organizados e nunca é para defender o trabalhador”.
E completa: “nada é de graça. Por isso, é sempre bom lembrar que para garantir um reajuste minimamente justo foi necessário muito empenho dos Sindicatos e da Federação e também da mobilização da categoria, que nos dá forças para continuar lutando”.
Demais bancadas patronais
Das bancadas patronais que fecharam acordo com a Federação, falta assinar a CCT da Campanha Salarial 2021 apenas os representante do Sindifupi (funilaria e pintura). O Siniem (Estamparia) também teve a Convenção assinada nesta quarta-feira, 20. Todas as outras estão disponíveis no Portal SMetal (acesse aqui).
Todas as propostas foram aprovadas pela categoria em assembleia geral, realizada no dia 1 de outubro. Na Campanha de 2021, os metalúrgicos conquistaram reajuste igual ou superior à inflação de 10,42% (INPC), retroativo a setembro, e renovação dos direitos previstos na CCT.
No Grupo 10, que sequer apresentou uma proposta e não assina Convenção a cinco anos, foi protocolado aviso de greve e o SMetal tem negociado por empresa. Já são mais de 30 empresas com acordos firmados pela entidade.
Fiscalização e denúncia
Com grande parte das CCTs já assinadas e as negociações com empresas do G10 intensificadas, Leandro Soares, conta que a entidade inicia uma nova fase, de fiscalizar o cumprimento do que foi negociado. “Infelizmente, muitos patrões se recusam a aplicar o reajuste negociado com as bancadas patronais ou até mesmo negam direitos aos trabalhadores. Por isso, o nosso trabalho em prol da categoria é constante e seguimos vigilantes para que os metalúrgicos não sejam prejudicados”, assegura.
Os trabalhadores de Sorocaba e região podem ajudar o SMetal a fiscalizar metalúrgicas que não cumprem as cláusulas da Convenção Coletiva ou que não apresentaram proposta de reajuste (G10) fazendo uma denúncia. Basta entrar em contato pelo telefone (15) 3334-5400, pelo WhatsApp (15) 99714-9534 ou no Portal SMetal, no campo ‘Denuncie’.
