Com a publicação do Decreto 10.470/2020, que ampliou para até 180 dias a possibilidade de redução de jornada e de suspensão do contrato de trabalho, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) e a empresa YKK negociaram a prorrogação das medidas na fábrica, que foi aprovada por 94,81% dos votos.
A assembleia para deliberação da proposta aconteceu entre os dias 2 e 3 de setembro, de forma eletrônica, pelo Portal SMetal. 314 trabalhadores estavam aptos a votar e 270 (85,99%) participaram da assembleia. Desses, 256 (94,81%) foram favoráveis à renovação do acordo e 7 (2,59%) contrários. Outros 7 (2,59%) preferiram se abster da decisão.
Com isso, o acordo de proteção ao emprego e renda da YKK – que prevê a redução de jornada e a suspensão dos contratos, dependendo do setor da fábrica – foi prorrogador por mais 60 dias e traz melhores condições aos funcionários do que a Lei 14.020 (antiga MP 936).
Durante esse período, os trabalhadores terão garantido o salário líquido ou próximo do valor, todos os benefícios e estabilidade no emprego – que será estendida para o mesmo período após o término da redução ou suspensão.
O diretor executivo do SMetal, Francisco Lucrécio Junior Saldanha, lembra que na prorrogação do acordo o Sindicato manteve ainda a cláusula de compromisso que, caso o governo não pague Benefício Emergencial de Proteção ao Emprego e Renda (BEPER), a empresa ficará responsável pelo pagamento integral do salário aprovado no acordo.
“Temos defendendo com unhas e dentes essa cláusula para garantir o salário do metalúrgico no fim do mês. O governo fez questão de colocar nos decretos de prorrogação das medidas que só pagará sua parte caso tenha orçamento, o que é um absurdo. Não aceitamos que o trabalhador pague a conta da falta de planejamento da atual gestão”, assegura.
A YKK fica na zona industrial de Sorocaba e fabrica zíper.