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Eleições 2010

A verdade venceu a mentira

Dilma (PT) foi eleita, dia 31, a primeira presidenta do Brasil, vencendo José Serra (PSDB) no segundo turno por 56,05% a 43,95%

Imprensa smetal
Bola.PT
Após resultado ser oficializado, dia 31, tom do pronunciamento de Dilma foi conciliatório. O de Serra, rancoroso

Após resultado ser oficializado, dia 31, tom do pronunciamento de Dilma foi conciliatório. O de Serra, rancoroso

Os brasileiros deram prova de que a democracia no país está cada vez mais amadurecida. Dilma (PT) foi eleita, dia 31, a primeira presidenta do Brasil, vencendo José Serra (PSDB) no segundo turno por 56,05% a 43,95% (99,99% dos votos apurados).

Vítima de uma enxurrada de boatos e difamações, especialmente pela internet (cujos usuários tucanos foram parabenizados por Serra em seu discurso reconhecendo a derrota), Dilma recebeu 55,7 milhões de votos dos brasileiros.

“Depois das calúnias contra Dilma, cresceu naturalmente no Brasil o slogan: Em 2002 (eleição de Lula), a esperança venceu o medo. Em 2010, a verdade vai vencer a mentira”. E isso de fato aconteceu, afirma Izídio de Brito, vereador pelo PT em Sorocaba e vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da região.

Compromissos
Em seu primeiro pronunciamento como presidenta eleita, pouco depois das 22h30 de ontem (31), Dilma fez um discurso de 25 minutos, onde elogiou todos os brasileiros por participarem da festa democrática do voto, reafirmou todos os seus compromissos de campanha, deu diretrizes de governo e defendeu a ampla liberdade religiosa e de expressão.

Dilma emocionou-se ao citar o fim do governo Lula e estendeu a mão aos adversários para o diálogo. “Um discurso de estadista, democrática e popular, à altura de uma sucessora de Lula”, comentou Ademilson Terto, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.

Raiva exposta
Logo depois, ainda na noite do dia 31, José Serra, fez declaração pública, em tom misto de ressentimento e raiva, agradeceu somente os 43 milhões de votos que recebeu e prometeu revanche: “quem me imagina derrotado (…) apenas estamos começando uma luta (em alusão à oposição que o PSDB vai fazer ao novo governo).

Sutilmente – e contrariando o clima pacífico da data eleitoral – Serra reforçou a tese conspiratória, usada em sua campanha, de que a democracia no Brasil é frágil. “Foi um discurso infeliz, de quem não sabe perder na democracia, de quem está pronto para boicotar o governo Dilma e o Brasil”, compara Terto.

Aliados esquecidos
No discurso em que reconheceu a derrota, Serra foi implacável inclusive com aliados. Ele não citou nem agradeceu Aécio Neves (PSDB), ex-governador e senador eleito por Minas Gerais, estado onde Dilma bateu Serra por 58,45% a 41,55% dos votos.

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