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A greve é um instrumento de resistência à Reforma Trabalhista

Enquanto empresários comemoram o trabalho intermitente e o fatiamento das férias, trabalhadores e sindicatos estão na luta e na resistência por trabalho digno

Imprensa SMetal

O SMetal está fechando acordos coletivos nas empresas dos grupos patronais que não fecharam Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) durante a Campanha Salarial pela FEM/CUT (G3, G8-1 Sindicel).

Na Prysmian, que pertece ao G8-1 Sindicel, os trabalhadores aprovaram greve, por unanimidade, na manhã desta sexta-feira, 17, pela recusa da empresa em negociar condições dignas de trabalho.

Os dirigentes do SMetal alertam que este é o momento de ficar muito atento aos direitos e se a empresa ainda não fechou acordo ou descumprir alguma cláusula é preciso denunciar ao Sindicato.

“Os riscos dessa reforma, promovida por Temer, são grande para toda a classe trabalhadora e com consequências graves para a sociedade, em geral, com aumento do abismo social, com queda na renda, nas questões de saúde, educação, moradia e falta de oportunidades para a juventude”, ressalta o secretário-geral do SMetal, Silvio Ferreira.

Em menos de uma semana depois da Reforma Trabalhista entrar em vigor já começaram a ser divulgadas notícias abordando mudanças para a retirada de direitos trabalhistas.

A empresa LG, de Taubaté (SP), já tinha contratos individuais para impor aos seus trabalhadores, como redução do valor de horas extras, banco de horas individualizado, fatiamento de férias, entre outras questões que prejudicam a vida do trabalhador.

Pressionada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté (CUT) a LG recuou e aceitou negociar. O assunto até foi notícia do jornal O Estado de São Paulo.

A ganância por minimizar os investimentos e aumentar os lucros é tão grande que o presidente da Rede Riachuelo, Flavio Rocha, já concedeu entrevistas para a grande mídia afirmando que está colocando em prática a reforma.

Ele comemora, principalmente, a legalização do trabalho intermitente. Para ele, “a jornada flexível e o trabalho intermitente são imprescindíveis”. Essa entrevista foi publicada pelo jornal Folha de São Paulo.

Para o secretário-geral do SMetal, Silvio Ferreira, “até a mídia golpista está veiculando as consequências da Reforma Trabalhista. Agora, depende do leitor/trabalhador interpretar de que forma essas mudanças poderão impactar sua própria vida, dos seus familiares e da sociedade como um todo”, afirma.

Em entrevista concedida ao SMetal, em setembro deste ano, o juiz do trabalho e professor da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Marcus Barberino, salientou que “com a jornada intermitente o empregador faz um contrato com um funcionário que fica à sua disposição até ser “convocado” para o trabalho e pagá-lo apenas pelo período em que prestou seus serviços. Na opinião de Barberino, se isso se tornar regra, agravará a precarização da sociedade. “É a subversão da proteção social”.

Por isso, o SMetal combate a Reforma Trabalhista e a terceirização irrestrita. Entre em contato: (15) 3334-5415. O SMetal fica na rua Julio Hanser, 140, próximo da rodoviária. Acesse: www.smetal.org.br

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