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Editorial

A garra de um metalúrgico

Editorial da Folha Metalúrgica nº 900 faz uma reflexão sobre a possibilidade de fraude nas eleições deste ano diante à intensa e clara perseguição ao maior líder operário do País, o ex-presidente Lula  

Imprensa SMetal
Ricardo Stuckert
O ex presidente Luiz Inacio Lula da Silva no braço do povo depois da missa e discursos em frente ao sindicato dos metalúrgicos no ABC

O ex presidente Luiz Inacio Lula da Silva no braço do povo depois da missa e discursos em frente ao sindicato dos metalúrgicos no ABC

Não restam dúvidas de que Luis Inácio Lula da Silva deve ter o direito de ser candidato à presidência do Brasil. Ganhadores do Prêmio Nobel da Paz, como o argentino Adolfo Pérez Esquivel, indicam o ex-presidente ao prêmio e ressaltam a ilegalidade da prisão.

Para a direita brasileira que condenou Lula sem provas, representada pelo juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, Lula é um perigo para o processo do golpe, que em 17 de abril de 2016, tirou Dilma da presidência da República.

Em pesquisa do Instituto Vox Populi, divulgada nesta terça-feira, dia 17, 41% consideram que Lula foi condenado sem provas, 44% que a prisão foi injusta e 58% que ele tem o direito de ser candidato novamente à presidência.

Realizada entre os dias 11 e 15 de abril, a pesquisa mostra que o ex-presidente Lula, mesmo depois de ter sido preso, mantém a liderança e até ampliou sua vantagem sobre os demais candidatos às eleições de outubro.

Na pergunta espontânea sobre intenção de votos para presidente da República, Lula marcou 39% (eram 38% na pesquisa Vox de dezembro de 2016).

Conforme o diretor do Vox Populi, Marcos Coimbra, a pesquisa mostra que aumentou o sentimento de que o ex-presidente é vítima de uma injustiça e de que recebe um tratamento desigual por parte do Judiciário.

Nesta semana ainda, vários partidos emitiram uma nota que classifica a prisão de Lula como uma “agressão à democracia”. PT, PCdoB, PDT e PSOL destacam que se trata de uma prisão política do pré-candidato favorito das eleições presidenciais.

Mas a direita tem medo de disputar nas urnas, vias eleições democráticas. Por isso, ela se utiliza de aparelhos como a Rede Globo de televisão e de outros veículos para difundir como “verdadeiro e justo” aquilo que é manipulado e ilegal.

Jornais do mundo todo, como o Le Monde Diplomatique – que fez uma edição especial, neste mês, sobre a possibilidade de fraude nas eleições do Brasil – discutem a perseguição política ao maior líder operário da história.

Lula é ex-metalúrgico e trabalhador acidentado. Sua história profissional, que tem raízes em São Bernardo do Campo, é a história da classe trabalhadora, que luta e sonha, que conquista, mas que sofre perseguições e ataques da outra classe, a dos empresários, da elite.

A elite não suporta o sucesso da classe trabalhadora. Por isso, tenta banir Lula do cenário político. Mas a mística da trajetória desse operário é mais forte e é contagiante. Está acesa em todo o Brasil a chama por justiça, pelo retorno à democracia.

Do acampamento em frente à Polícia Federal em Curitiba até em cidades do interior dos estados brilham manifestações por #LulaLivre e repúdios à manipulação midiática.

Neste sábado, 21, é dia nacional do metalúrgico. Que possamos refletir sobre nossa condição de classe trabalhadora e o que esperamos do governo do nosso país em relação aos direitos trabalhistas, à dignidade humana, às conquistas sociais, à qualidade de vida.

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