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Coronavírus

A exemplo do mundo, Brasil precisa de medidas econômicas efetivas

Diretoria do SMetal está atenta ao cenário econômico no País e defende a necessidade de medidas robustas na economia para o enfrentamento ao coronavírus, que visem manutenção do emprego e dos negócios

Imprensa SMetal
Massimo Paolone/LaPresse via AP
Autoridades de saúde contabilizam mais de 62 mil infectados e ao menos 8.165 mortes causadas pelo novo coronavírus na Itália

Autoridades de saúde contabilizam mais de 62 mil infectados e ao menos 8.165 mortes causadas pelo novo coronavírus na Itália

Cerca de 19 mil pessoas morreram no mundo em decorrência do novo coronavírus (Covid-19) e pelo menos outras 416.686 foram contaminas. Esses números, mesmo que defasados, pois foram divulgados oficialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na última terça-feira, 24, mostra a gravidade da pandemia e a necessidade de ações efetivas para conter a disseminação do vírus.

Diante desse cenário temoroso, as principais economias do mundo têm anunciado pacotes de estímulo econômico nunca ocorridos na história. As 20 economias mais ricas do mundo anunciaram injetar US$ 5 trilhões para superar os efeitos do coronavírus.

Mas o governo brasileiro, mesmo diante do grande crescimento de casos da doença no País, demora para agir e anunciou medidas tímidas, como adiantamento do 13º dos aposentados, antecipação do abono salarial, redução de 50% nas contribuições do Sistema S e adiamento do prazo de pagamento das empresas do FGTS por 3 meses.

Além da importância do isolamento dos trabalhadores da categoria, a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) está atenta ao cenário econômico regional, nacional e mundial.

“O Governo Federal brasileiro precisa anunciar imediatamente medidas econômicas robustas que visem efetivamente garantir o emprego e a renda dos trabalhadores e a manutenção dos negócios durante o período de instabilidade no qual que estamos vivenciando”, critica o presidente do SMetal, Leandro Soares.

Ele completa: “No caso das empresas de menor porte, se os bancos privados não tomam essa inciativa, cabe ao governo federal criar condições através dos bancos públicos”.

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) fez recentemente um levantamento das principais medidas adotadas por vários países para conter os efeitos econômicos da pandemia do coronavírus, que comprovam essa fragilidade nas ações do governo brasileiro.

Segundo o estudo, o Ministério da Economia está mais preocupado, por exemplo, em fazer avançar nova (a terceira) reforma trabalhista, reduzindo ainda mais os salários e benefícios para aliviar o caixa das empresas, em vez de injetar recursos para tratar da anemia enfrentada pela economia brasileira nos últimos anos.

“A forma como cada país lida com a crise gerada pelo coronavírus fará toda a diferença ao final desse difícil período. Terão menos riquezas e mais miséria os países cujos governos não ampliaram despesas, sobretudo as sociais, e escolheram a medíocre estratégia de continuar reduzindo direitos e desonerando o setor produtivo, mantendo intocados os pagamentos dos serviços da dívida”, conclui o documento.

Confira abaixo as medidas as medidas adotadas por vários países para conter os efeitos econômicos da pandemia do coronavírus:

– O EUA divulgou um pacote de estímulo de US$ 2 trilhões (aprox. R$ 10,14 tri – maior que o PIB brasileiro de 2019) para ajudar trabalhadores, empresas e o sistema de saúde. Para o trabalhador, US$ 1.200 por adulto e US$ 500 por criança. O teto do benefício é de US$ 3.000 por família. Mudança na regra para acesso do seguro desemprego, os trabalhadores informais foram incorporados e empréstimos a taxa de juros baixas para as pequenas empresas.

– A Espanha anunciou pacote de 200 bilhões de euros adota medidas de estatização temporária dos serviços privados de saúde para o combate da pandemia. Também exige que empresas e pessoas que produzam ou possam produzir materiais como equipamentos de diagnóstico, máscaras, luvas e outros produtos médicos e farmacológicos informem às autoridades em 48 horas sobre essa capacidade. Os que não informarem correm riscos de sanções.

– A Alemanha lançou um pacote de 750 bilhões de euros, maior pacote desde a Segunda Guerra Mundial. Outras medidas estão em estudo e podem ser indicadas em breve. Por exemplo, o governo vai propor que pessoas que moram em casas alugadas não possam ser despejadas por falta de pagamento dos alugueis nos próximos seis meses.

– O governo britânico anunciou um pacote de estímulo da economia que prevê recursos da ordem de 38 bilhões de libras (cerca de R$ 223 bilhões) para garantir o pagamento de 80% dos salários dos trabalhadores ingleses a partir de março e ao longo de três meses. É o terceiro pacote apresentado pelo governo desde o início da pandemia. Juntos, totalizam cerca de 418 bilhões de libras, ou R$ 2,5 trilhões.

Veja mais medidas econômicas realizadas pelo mundo aqui.

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