Tanto os professores estaduais de São Paulo quanto do Paraná estão em luta contra o sucateamento da educação promovido pela ineficiência dos respectivos governos liderados por Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo e Beto Richa (PSDB), do Paraná.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Ademilson Terto da Silva, “a educação precisa de investimento e não de truculência da polícia contra os profissionais que deveriam ser valorizados”.
No Estado governado por Geraldo Alckmin (PSDB) a greve dos professores teve início há mais de um mês, em 13 de março. Já no Paraná, a categoria está no terceiro dia com adesão de praticamente todos profissionais da rede. Isso, apesar da Justiça do Estado ter, a pedido do governador tucano Beto Richa, declarado a greve “ilegal”.
Essa é a segunda greve dos professores paranaenses em menos de dois meses, em protesto contra as alterações propostas pelo governo Richa, que afetarão os servidores estaduais aposentados e pensionistas com mais de 73 anos de idade. Cálculos indicam que as mudanças reduzirão praticamente pela metade – de 57 para 29 anos – o tempo de solvência dos fundos de previdência do funcionalismo público. Na mesma assembleia, os professores lançaram a campanha salarial de 2015.
Truculência
Ontem, dia 28, a polícia usou balas revestidas de borracha, canhões d’água, bombas de gás e spray de pimenta para deter uma marcha dos servidores. Num determinado momento, até a chave do caminhão de som do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP) sumiu.
Na manhã desta quarta, dia 29, caravanas de professores oriundas de todos os cantos do Paraná começaram a chegar a Curitiba para uma concentração em frente à Assembleia do Paraná. As entidades sindicais esperam pelo menos 20 mil no protesto. Como a PM concentrou cerca de 4 mil soldados no Centro Cívico de Curitiba, o clima promete ser de tensão.