A terceira rodada de negociação com o grupo 2 da Campanha Salarial 2016 “Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos” aconteceu na manhã desta terça- feira, 30, na sede da Federação dos Metalúrgicos da CUT São Paulo. Na ocasião, representantes dos trabalhadores e representantes do setor patronal debateram avanços concretos para os trabalhadores.
Os representantes dos empresários sinalizaram a possível aceitação da cláusula que prevê licença médica pelo tempo que for necessário para a completa recuperação da trabalhadora, sem prejuízo de cargo ou função, que sofrer aborto e o aumento de cinco para sete meses de estabilidade para a trabalhadora na mesma situação. Para Andrea Ferreira de Sousa, secretária de Mulheres da FEM-CUT/SP a postura é admirável “fico positivamente surpresa com a humanidade que a bancada patronal está tratando o assunto. Em outros grupos não é isso que vêm acontecendo. A mulher que sofre aborto precisa de segurança para atravessar um momento difícil e o trabalho é uma das seguranças necessárias”, explica Andrea.
Trabalhadores com deficiência
Durante a terceira rodada de negociação as bancadas patronal e dos trabalhadores aprofundaram o debate sobre as pessoas com deficiência. A Associação Brasileira de Emprego Apoiado, ABEA, que executa o “Emprego Apoiado” que é custeado, via renúncia fiscal, pelo Ministério da Saúde esteve presente para trazer mais informações sobre o projeto: “O emprego apoiado é uma metodologia, uma ferramenta para inserção de pessoas portadoras de deficiências no mercado de trabalho, para mantê-la no emprego e garantir uma progressão profissional”, explicou Jesus Carlos Delgado Garcia, coordenador da ABEA. Jesus Carlos classificou a inciativa da FEM-CUT/SP em discutir o tema ‘inovadora’: “É uma proposta que oferece um mecanismo concreto para auxiliar pessoas com deficiência que tem qualidade para executar o trabalho mas não tem oportunidades.
Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, presidente da FEM-CUT/SP considera o debate importante para a inserção das pessoas portadoras de deficiência “é um assunto novo para nós e essa conversa foi muito positiva. Tiramos a formação de um grupo de trabalho para aprofundar o debate sobre as demandas dos trabalhadores portadores de deficiência e também as obrigatoriedades da lei”, finaliza Luizão.