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36 anos de uma luta que nunca termina

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) comemora 36 anos em meio às reinvindicações por emprego e democracia, contra os ataques aos direitos. Da mesma forma, quando foi fundada em 1983.

Imprensa SMetal
Cedoc/CUT
Registro da Conclat, em 1983, quando os trabalhadores voltaram a se mobilizar, após a ditadura

Registro da Conclat, em 1983, quando os trabalhadores voltaram a se mobilizar, após a ditadura

A partir da fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) a classe trabalhadora realizou conquistas históricas de diversos direitos, pois foi a partir da filiação de partidos à Central que a mobilização e reivindicações ganharam mais peso e força.

Em agosto de 1983, a central foi fundada com o apoio, inclusive, deste sindicato. Ou seja, apenas um ano após o fim da ditadura civil-militar, período que durou 21 anos e estabeleceu a censura e a repressão política e social.

Muitos dirigentes sindicais continuaram a ser “fichados”, anos após o fim do ciclo militar, ainda sob os resquícios desse período turbulento e opressor da história do país. Eram fichados por lutar por uma jornada de trabalho mais adequada à saúde do trabalhador e não a exaustiva de 12 horas diárias, sob as duras condições de trabalho.

O secretário de organização do SMetal, Izídio de Brito, lembra que somente após as lutas dos sindicatos, com o apoio da CUT, conseguiram reduzir a jornada de 48h para 44h semanais, a partir de 1985.

Neste momento em que vivemos de retirada de direitos, com o aumento da precarização e da informalidade, é importante olharmos para as lutas dos trabalhadores que iniciaram a trajetória profissional nos anos 80, na redemocratização do país.

É emblemático pensarmos que, em pleno 2019, estamos voltando a lutar por direitos básicos, pela manutenção da maioria deles, e por uma efetiva democracia. Nunca foi fácil lutar contra o capital e nunca será. Mas, a história nos mostra que quando a classe trabalhadora se une é mais fácil combater injustiças e a desigualdade, seja na fábrica ou na sociedade.

No primeiro Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), realizado há 36 anos, entre as reivindicações aprovadas estavam o fim do regime militar, combate ao desemprego, reforma agrária, reajustes nos salários e autonomia sindical.

No mês que vem, a CUT realizará seu 13º Congresso Nacional, diante um cenário de desemprego recorde e o maior ataque aos diretos sociais e trabalhistas da história do país. O fortalecimento dos sindicatos para a proteção ao emprego e aos direitos e soberania estão na pauta.

Estaremos com delegados representando o SMetal no Congresso e reforçaremos nossas bandeiras históricas de defesa do trabalhador. A classe trabalhadora resiste e continuará a resistir!

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