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Reforma tributária: uma medida para que não sejamos o país que taxa comida e isenta jet skis

Em artigo publicado na Folha Metalúrgica nº 1038, o presidente do SMetal, Leandro Soares, fala sobre a importância de uma reforma que promova a justiça tributária

Leandro Soares, presidente do SMetal - publicado na Folha Metalúrgica n° 1038
Mattheus da Silva/Imprensa SMetal

Leandro Soares é funcionário da ZF do Brasil (Planta 2) e presidente do SMetal.

A internet parece estar se divertindo com os memes e piadas sobre a reforma tributária, que chega ao Senado para avaliação, mas é preciso olhar para essa questão com um pouco mais de seriedade. Isso porque essa medida é muito importante para garantir um Brasil mais justo.

Em primeiro lugar, é importante esclarecer que a proposta da reforma não visa sair taxando todo mundo de forma desgovernada, como querem que o trabalhador acredite. Alguns setores, com intenções de derrubar um projeto que tende a reduzir os impostos pagos pela população mais pobre, estão espalhando mentiras nas redes sociais.

Na visão deste Sindicato, a unificação dos impostos em três modalidades surge, justamente, como uma ferramenta para simplificar o sistema tributário, colocar um ponto final na guerra fiscal e conferir maior transparência ao pagamento dos tributos. Com esta medida, ficará mais simples de entender para onde é destinado os impostos que pagamos.

Além disso, existe, dentro da proposta da reforma, uma gama de isenções sobre inúmeros produtos. A cesta básica, itens de educação, medicamentos e livros possuem isenção – em determinados níveis – para as famílias mais pobres. Ou seja: o salário dura mais e o poder de compra do trabalhador é maior. E isso faz todo sentido com a luta que fazemos todos os dias.

Você, trabalhador e trabalhadora, sabe que o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) defende a valorização salarial. Por isso, anualmente negocia em defesa de ganhos reais para o seu bolso! Não apenas a reposição do índice inflacionário, mas, também, uma margem para te proteger da inflação futura e aumentar seu poder de compra.

Para nós, os esforços sindicais não podem estar isolados do fator político de uma sociedade. É preciso uma junção de fatores para que o trabalhador saia ganhando. Por isso, enxergamos a reforma tributária como necessária, uma vez que será um caminho para que os trabalhadores paguem menos impostos.

Uma reforma que propõe diminuir os impostos sobre produtos da cesta básica e insumos de saúde para as famílias de menor renda está alinhada com a justiça social, uma perspectiva urgentemente necessária em um país que, até 2022, sob o governo de Jair Bolsonaro, zerou as alíquotas do imposto de importação sobre jet-skis, balões e dirigíveis favorecendo apenas os donos do negócio.

A reforma tributária proposta no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva surge para que não sejamos conhecidos como a República que taxa a alimentação dos mais pobres, enquanto permite que os milionários ostentem seus jet skis nos litorais brasileiros.

Parafraseando a economista Maria da Conceição Tavares: “a Economia que não se preocupa com a justiça social é uma economia que condena os povos”.

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