Na última terça-feira, 26, os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) estiveram em todos os turnos em uma assembleia informativa com os trabalhadores da Dana Indústrias.
O tema central girou em torno da relação entre o Sindicato e a empresa, abordando também questões sensíveis como perseguição sindical e assédio aos trabalhadores. A necessidade dessa assembleia emergiu diante dos obstáculos recorrentes enfrentados durante as negociações em mesa.
Para Leandro Soares, presidente da SMetal, a luta constante por melhorias em direitos e benefícios trabalhistas é exaustiva. Ele ressaltou a importância de um diálogo transparente e equilibrado entre o sindicato e a empresa para garantir o bem-estar e os direitos dos trabalhadores.
“Estas dificuldades acabam permeando todas as esferas de negociação, desde o Programa de Participação nos Resultados (PPR) até a Campanha Salarial, tendo em vista que em todas as vezes que precisamos ir à mesa de negociação com os negociadores da Dana, a empresa sempre tenta impor alguns empecilhos mediante o que o Sindicato propõe de melhorias para os trabalhadores”.
De acordo com Bizu, diretor executivo e responsável pelas negociações na empresa, “espera-se que tanto o sindicato quanto a empresa encontrem soluções eficazes para resolver os impasses e promover um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo para todos os envolvidos”.
Condições dignas de trabalho
As discussões na assembleia não se limitaram apenas às demandas sindicais, mas também abordaram casos de perseguição e assédio que têm afligido os metalúrgicos. Para Leandro, o sindicato precisa garantir condições dignas de trabalho.
“Além do fato da empresa querer impor algumas situações aos trabalhadores, comprometem o ambiente e a saúde mental dos funcionários. Nós não podemos aceitar nenhum tipo de violação de direitos dos trabalhadores que se colocam à disposição de associar-se ao SMetal ou contribuírem com qualquer pauta nossa, por exemplo”, complementa Leandro.
Entre as questões destacadas, está o ritmo exaustivo e o excesso de horas extras enfrentadas pelos trabalhadores. Além disso, a gestão é acusada de buscar acordos para jornadas diferenciadas, gerando inquietação entre os metalúrgicos.
Ainda assim, Bizu complementa que “a questão do ambiente interno de trabalho emerge como um ponto crucial a ser explorado, destacando a importância de garantir condições laborais seguras e saudáveis para todos os funcionários”.
Diante desse contexto, em assembleia, os representantes sindicais reafirmaram seu compromisso em defender os interesses dos trabalhadores, garantindo um ambiente de trabalho justo e livre de abusos.
“As assembleias não podem servir apenas como um espaço para informação, mas também como uma plataforma para fortalecer a união e a solidariedade entre os funcionários da Dana. Reitero que o Sindicato permanece de portas abertas e disposto para resolver os problemas apontados”, finaliza Leandro